O ano das reviravoltas

2 de março de 2018 810

Com um ano já marcado com grandes reviravoltas no cenário político, com a bruxa à solta sobrevoando as casas dos candidatos nas eleições de outubro e a maldição que existe em cima dos favoritos em Rondônia – seja ao governo, prefeituras ou ao Senado – a temporada de 2018 promete bastante idas e vindas que só serão definidas nas convenções partidárias marcadas para o período de 20 de julho a 5 de agosto. As pendências na justiça existem para todos os credos políticos e somente com estas questões elucidadas saberemos quem é quem no contexto estadual.

Os políticos mais experientes geralmente catimbam o jogo e deixam as alianças definitivas para as últimas horas. Para se ter uma ideia como funciona, já tivemos casos de convenções para homologar coligações majoritárias que mesmo acertadas no último dia de convenções ainda tiveram a ata alterada dentro do prazo regimental concedido pela Justiça Eleitoral quase dez dias depois.

Como existem muitas alterações no quadro eleitoral vigente, automaticamente também se mudam as estratégias do jogo, mesmo porque vêm aí em abril tantas desincompatibilizações para serem devidamente analisadas.

As indagações

Proliferam as indagações pelos bastidores quanto às eleições de outubro. No PSDB, temos a dúvida sobre a permanência ou não da deputada Mariana Carvalho, rejeitada para a coligação cassolista na nominata de candidatos à Câmara dos Deputados; se Expedito Júnior trocaria o PSDB pelo PSD para disputar o governo; e no MDB a grande pergunta é se o governador Confúcio Moura ficará no partido, e se Maurão de Carvalho mantém a candidatura ao governo do Estado.

A maldição!

Existe uma maldição contra os políticos favoritos em Rondônia. Chegou-se a dizer em uma época que por aqui os “últimos serão os primeiros”. Vejam porque: Na transição do governo militar de Teixeirão para um governo civil da Aliança Democrática acabou como governador nomeado o deputado estadual menos votado, Ângelo Angelim. Na mesma época, Amizael Silva ganhou a Presidência da Assembleia Legislativa contra Amir Lando (o favorito) de virada, mudando as coisas do dia para a noite. Amizael era o deputado menos votado do PDS.

Almas penadas

Foram tantos favoritos tombando na história política de Rondônia, que se dizia por aqui que havia uma alma penada nos porões do Palácio Presidente Vargas. Lá, tombaram em pelejas os favoritos de 1990 (Olavo/Raupp), de 1994 (Chiquilito), de 98 (Raupp) e 2014 (Expedito). E candidatos ao Senado? Amir Lando tubulou gloriosamente frente a Ernandes Amorim; Expedito levou peia de Fátima Cleide, e por aí vai. E que tal as viradas de Roberto Sobrinho e Hildon Chaves sobre os favoritos de plantão na capital? E Brrrrr! Em 2018 as almas penadas já deram as caras…

Onda de violência

Rondônia iniciou 2018 com novas ondas de violência. Na capital seguem os roubos, arrombamentos, assaltos e arrastões nos ônibus do sistema de transporte coletivo. Não bastasse, os confrontos entre os traficantes e outros bandidos rivais do crime organizado estão causando uma carnificina na cidade. Toda semana aparece mais de uma dúzia de corpos crivados de balas em pelejas entre presos soltos e traficantes na disputa por pontos de venda de drogas. Coisa de louco!

Via Direta

*** Com uma meta de pavimentar 300 quilômetros na sua gestão, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) tem tudo para se recuperar mais adiante neste início de temporada de alagações *** O problema é que para a eleição de outubro, se tiver alguma pretensão, o tempo é curto para esta recuperação *** Dois ex-prefeitos de Porto Velho já estão nas lides para o pleito deste ano: Mauro Nazif (PSB) e José Guedes (PSDB *** Já o ex-alcaide Roberto Sobrinho (PT) está desarmando o palanque.

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br