O Caldeirão do X

3 de novembro de 2017 596

Quem pode derrotar Lula e Jair Bolsonaro?

É pergunta que faz a reportagem de capa da Veja.

Em primeiro lugar, a revista analisa os dados da pesquisa do Ibope e diz que há margem para um terceiro candidato:

“Os números são animadores: 53% dos eleitores com ensino superior e 54% dos jovens com idade entre 16 e 24 anos ainda não têm candidato. Juntos, esses dois segmentos representam 22,8% do eleitorado.

No Sudeste, que reúne três dos quatro maiores colégios eleitorais do país, 65% não têm candidato ou cogitam votar branco ou nulo.”

Em seguida, a Veja descreve esse candidato X:

“Uma pesquisa do Idea Big Data ouviu 1600 pessoas e concluiu que 53% rejeitam os maiores partidos, mas não descartam uma nova opção.”

Atualmente, como insinua a reportagem, a nova opção tem a cara de Luciano Huck.

“Noventa e nove ponto nove por cento”


Luiz Marinho disse que a possibilidade de Lula estar na urna em 2018 é de “noventa e nove ponto nove por cento”.

O Estadão perguntou como ele pode ter tanta certeza assim:

“As circunstâncias do processo. Delação premiada não serve para condenar. É uma sentença fadada a ser revisada. Dizer que os tribunais superiores vão confirmar uma sentença dessas é chamar todo o Judiciário brasileiro de esdrúxulo”.

Lula sabe que pode contar com o STF.

“Um dia escaparemos da máquina do tempo”


Fernando Gabeira diz que o Brasil tem de evitar duas armadilhas autoritárias: a da Venezuela, representada por Lula, e a do regime militar, representada por Jair Bolsonaro.

Leia um trecho de sua coluna:

“O colapso do sistema político-partidário não deixou pedra sobre pedra. O encastelamento, no fundo, é uma tática do tipo depois de nós, o dilúvio.

No Rio, parte da sociedade não achou o caminho para evitar o que lhe pareciam duas regressões: uma esquerda do século passado ou um mergulho na Idade Média, quando Igreja e Estado se confundiam. Houve um grande número de votos em branco, mas venceu uma das regressões.

Não creio que o Brasil caia na mesma armadilha: de um lado, a nostalgia do governo militar; de outro, a estrada para a Venezuela. Mas é preciso levar em conta que o sistema político apodrecido nos empurra para isso.

O período é favorável para refletir sobre alternativas. Uma corrente mais colada nos fatos pode até perder. Mas é uma chama que não pode se apagar. Um dia, escaparemos da máquina do tempo.”

O batom na cueca


A queda de Dilma Rousseff prejudicou os negócios de Erenice Guerra.

A Veja conta que ela agora trabalha como vendedora de uma multinacional de cosméticos, a Jeunesse.

Para completar nossa felicidade, só falta Dilma Rousseff voltar a abrir sua lojinha de R$1,99.