O CHARLATANISMO E O CURANDERISMO QUE AGEM LIVREMENTE NA INTERNET À REVELIA DO INQUÉRITO DO “FIM DO MUNDO”

7 de junho de 2022 526

Enquanto isso,um povo inteiro assiste atônito e impassível ao arbítrio do Inquérito STF Nª 4781,relatado pelo Ministro Alexandre de Moraes,promovido contra políticos conservadores,sem direito à defesa, desprovido de qualquer amparo legal. Com essa atitude,o Supremo Tribunal Federal “legisla”,”interpreta” a lei que ele mesmo fez,e “condena”. Só se vê isso nas mais terríveis tiranias e nas ditadures,não nas democracias e nos-estados-de-direito ,que o STF garante “defender”.

No  tempo dos sofistas,da Grécia Antiga,o maior de todos os crimes era falar ou escrever  a verdade.Era  muito mais grave do que matar,roubar, e estuprar,o que inclusive custou a vida do filósofo Sócrates,condenado a beber “cicuta”,por não abdicar da verdade,                

Mas após cerca de 23 séculos distante da Grécia Antiga, três a/C,e vinte  d/C,bem longe,no Brasil,o maior de todos os crimes passou a ser “informação falsa” (“Fake News”),ou “crimes” contra a democracia ( que democracia???),mas exclusivamente em relação às críticas à esquerda,aos membros do Supremo Tribunal Federal, e aos demais tribunais superiores,apesar de não estar previsto nada disso  como crime em nenhuma lei,aliás,como também  acontecia  na Grécia Antiga,em relação à fala da verdade.

Enquanto o Ministro Alexandre de Moraes,do STF,”inventa” os novos crimes,de “Fake News”,com a plena cobertura do citado tribunal,incluídos no “inquérito do fim do mundo”,como bem expressou um ex-Ministro do Supremo.-colega de Sua Excelência,concentrando os papeis de acusador,investigador,julgador e órgão “recursal”,a sociedade brasileira no mundo real passou a viver totalmente à mercê dos “fora-da-lei”,que a enganam todo tempo com  propaganda enganosa e criminosa,explorando  a credulidade pública,e incultando “curas” por meios secretos e infalíveis.

Mas enquanto o inquérito das “Fake News”corre numa espécie de  “segredo de justiça”,não oportunizando aos réus elementos para  defesa,os crimes contra o povo brasileiro,de charlatanismo (CP art.283),curandeirismo (CP art.284),propaganda enganosa (CDC arts. 61,66,e 67), e estelionato (CP art.171, correm livres de propagação na internet,sem qualquer providência dos órgãos que deveriam zelar pela segurança e pela saúde  do povo,passando em “brancas nuvens” pela vigilância do inquérito das “Fake News”.

Para investigar esses crimes contra a credulidade do povo brasileiro,nem seria preciso recorrer aos sofisticados laboratórios de informática  do Poder Público. Mesmo uma criança iniciada em computador ou celular poderá identificar de imediato  essa “picaretagem”,essa “vigarice” dos charlatões e curandeiros, que anda solta na internet,bastando “questionar” no teclado  a cura para qualquer doença onde a medicina ainda não chegou à cura  satisfatoriamente.                 

Se a “criança” digitar.por exemplo,”cura para diabetes”,ou para “insuficiência renal crônica”,como para diversas outras doenças,”choverão” em resposta  fórmulas,receitas, e remédios “milagrosos” e “infalíveis”,com total garantia de sucesso.inclusive com promessa de devolução do pagamento se não der certo                                                                                             

O ”único”problema é que esse produto nunca estará disponível nas farmácias,sempre”mancomunadas”,como alegam,com a indústria médica e farmacêutica.

Esses picaretas indicam um site de vendas qualquer,jamais ficando diretamente ao alcance dos consumidores iludidos,mutas vezes vítimas do  desespero. Não é preciso nem ser “detetive”para rastrear essas propagandas enganosas,esses estelionatos,esse charlatanismo e curandeirismo,para que se “pegue” os infratores da credulidade pública.

Resumindo: enquanto o STF se “fecha” inventando crimes,o povo brasileiro fica totalmente à mercê dos criminosos que se valem dos subterfúgios da internet e da omissão das autoridades.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

Fonte: SÉRGIO ALVES DE OLIVEIRA
O CONTRAPONTO

Sérgio Alves de Oliveira