O CONSELHO DO LULA A UMA BENEFICIÁRIA DO 'BOLSA FAMÍLIA': "A PRIMEIRA COISA QUE VOCÊ TEM DE FAZER É PARAR DE TER FILHOS"
A culpa pela terrível miséria secularmente imposta a grande parte da população brasileira é de quem?
De forma chocante, há um personagem hoje eminente mas originário de um grotão miserável que, mesmo tendo todos os motivos para clamar contra a perpetuação de tamanha desigualdade econômica e social neste país com potencial criminosamente desperdiçado para proporcionar existência digna a todos os nele nascidos, prefere inculpar os pobres e os excluídos.
Então, ecoando em pleno século 21 o besteirol datado e infame do economista liberal Thomas Malthus (1766-1834), tal personagem trombeteou nesta quinta-feira (20), durante uma entrega de moradias populares em Fortaleza, que os coitadezas deveriam parar de parir, supostamente para não sobrecarregarem o orçamento federal.
Caso contrário, como um presidente da República bem intencionado poderá arcar com os custos da chantagem descarada daqueles de cujos votos depende para garantir a aprovação de suas principais medidas de governo?
Ou para continuar privilegiando de tudo que é jeito a minoria de privilegiados detentora do poder econômico, que é quem realmente manda e desmanda no Brasil?
Tal personagem, como os leitores já devem ter percebido, se chama Luiz Inácio Lula da Silva.
Em acelerado derretimento político e moral, ele não se vexou de humilhar publicamente uma mãe nordestina por excesso de prole:
"Veja aquela menina que vem aqui com três crianças. Aquela moça tem 25 anos de idade e ela tem três filhos. Falei para ela: 'Minha filha, a primeira coisa que você tem de fazer é parar de ter filho, porque você já tem três".
Se Euridice Ferreira de Mello houvesse escutado algum conselho nesta linha quando se casou com a idade de 20 anos, talvez não estivéssemos aqui falando sobre ela e o pimpolho que colocou no mundo para agora esnobar a própria gente.
A dona Lindu teve 12 filhos, quatro dos quais logo morreram, tragados pela seca nordestina e pela canalhice dos poderosos da economia e da política. (por Celso Lungaretti)