O “FIM DO MUNDO” DOS ECOCHATOS

23 de janeiro de 2020 512

Todas essas tragédias de extinção ,ou quase extinção , da vida na Terra ,anunciadas diariamente pelos alarmistas do “fim do mundo”,teriam, como eles  pregam, algo a ver com a atuação do homem na deformidade da natureza ?

Tudo leva  a crer que não. E que não passa de “alarme falso”.

Essa conclusão não significa de nenhuma maneira concordância ou omissão com a depredação e poluição da natureza que a cada dia mais se acentua em todo o mundo,nas cidades e no campo.

Mas se conjugarmos a história do Planeta Terra com a  evolução do Homem,certamente chegaremos à conclusão  que as tragédias  naturais de origem “interna”,anunciadas pelos alarmistas do “fim do mundo”, acontecerão  independentemente da participação predatória humana.

Por um lado a Terra foi formou-se  há cerca de  4,56 bilhões de anos. Os cientistas calculam que 99% das espécies vivas foram dizimadas de alguma forma durante os diferentes períodos geológicos.

Calculam os cientistas que a própria Lua,satélite natural da Terra,teria sido formada a partir da colisão que o  Planeta Theia,mais ou menos do tamanho de Marte,teve com a Terra, fato ocorrido  cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra ,e que teria “roubado” uma parte  do que  era a  Terra para formação do seu satélite.

Neste sentido, o Planeta Terra ”deve” à Lua, que não serve só para os “namorados”,principalmente pela recíproca atração gravitacional, a sua própria  “estabilidade” no  Sistema Solar ,no cosmos, e mesmo a “vida” nela existente, inclusive as marés. Sem a força da gravidade exercida pela Lula sobre a Terra,a vida seria impossível. Só para exemplificar: se a Terra estivesse “solta” no Sistema Solar, e o seu eixo de rotação se alinhasse com o Sol,o hemisfério voltado  para  essa  estrela  ficaria  quente demais, e o hemisfério oposto totalmente congelado, praticamente  inviabilizando  a vida como a conhecemos.

Os  5 (cinco)“quase fim de mundo”,com extinção de grande parte da vida, só nos últimos 500 milhões de anos,  (+ou- 1/10 do tempo de “vida” do Planeta),se deram  (1) aos 440 milhões de anos (período Ordoviciano,com vida restrita aos oceanos,onde 85% das espécies e mais de 100 famílias de invertebrados  desapareceram); (2)  350 milhões e anos (Período Neodevaniano,com perda de 27 % das famílias,e 70% a 80 % dos organismos marinhos); (4)  250 milhões de anos,onde a Terra  ficou com um só supercontinente (Pangea), e a érea de terras superou a de oceanos, e 96 % da vida dos oceanos e 70 % da vida terrestre desapareceram; e (5) 65 milhões de anos,quando um asterioide,ou cometa,atingiu a Terra na Península de Yucatan (México),com extinção  de grande parte da vida,inclusive dos Dinossauros.

Na “evolução” do homem, o primeiro “hominídio” data de (somente) 4,4 milhões de anos, e o  fóssil  mais antigo  do  “homo sapiens” foi encontrado  em Djebe l  Irhound, no Marrocos,há 315 mil anos. A “história” do homem no Planeta Terra, portanto,corresponde a mais ou menos 1/1000 do tempo de existência do Planeta. Nada,portanto.

O anunciado “aquecimento global”, e o tal de “efeito estufa”, bem como o derretimento do gelo, e o aumento,ou “diminuição”, do nível dos aceanos,já ocorreram diversas vezes na “história” da Terra, sem qualquer participação do homem, que nem mesmo existia, e só passou a “tomar forma” muitos milhões de anos após a última  grande “quase” extinção da vida no Planeta, ocorrida há  65 milhões de anos atrás.

É claro que nenhum certificado de “garantia” pode ser dado tanto à vida na Terra,quanto à “vida” da própria Terra. Tanto causas internas da Terra,como erupções vulcânicas gigantescas,terremotos,eras glaciais,e muita outras causas, poderiam abalar a vida no Planeta. Mas parece que o maior perigo estaria numa causa “externa”, absolutamente imprevisível,  numa  eventual colisão de   asteróide ou cometa , cujas dimensões poderiam dar um “fim” na Terra. Os que caíram até hoje podem ser considerados  “anões”, mas já  provocaram muitos estragos.

Portanto, o único “fim do mundo” certo ainda está bem  distante,e se não houver nenhum “acidente de percurso” ,a Terra ainda poderá ter  uma sobrevida de cerca de  5 bilhões de anos...se tiver, e se “tivermos”, muita “sorte”.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

 

O CONTRAPONTO

Sérgio Alves de Oliveira