O final de Lula: Nem mel, nem cabaça

7 de março de 2018 904

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mergulhou no lamaçal que ele próprio construiu, fruto da inexperiência em gestão pública — quando misturou o público com o privado, e preparou um enorme sanduiche utilizando-se de ingredientes perigosos e venenosos à saúde da administração pública, nesta ordem: o despreparo, a cobiça, o orgulho, a soberba, a desonestidade e a ignorância política.

Como em todas as histórias literárias, no âmbito dos gêneros da ficção e do mundo real, têm no fundo um pouco de semelhança com determinados personagens da história universal e quaisquer semelhanças com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de forma contrária é uma simples repetição de tais coincidências, com inversão perfeita.

 

NA BÍBLIA SAGRADA:

Na Sagrada Escritura nos deparamos com o personagem de Jó, [ ... um cidadão muito rico, habitante da terra de Ur, sendo um homem íntegro, reto e temente a Deus que procurava sempre se desviar do mal.  Jó, o temente a Deus, tinha muitas posses, família próspera, negócios rentáveis, saúde referência, sendo seus gados ... sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas e muitíssimos servos ...]”.

Respaldado na  fé que possuía e os testes provenientes do bem e do mal, como provações à fidelidade a Deus, Jó perdeu tudo, os bens matérias, a saúde, a família e só não perdeu a vida, como testemunha da superação de todas as adversidades possíveis e imagináveis.

Como prova de sua fidelidade a Deus, Jó perdeu tudo que tinha na vida terrena a fim de conquistar a salvação na vida eterna.

 

NA LITERATURA:

Na obra literária ZORBA, o Grego, de Nikos Kazantzákis,  pode-se constatar passagens literárias em prosa, semelhantes a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme o fragmento:

“Fui deitar-me em minha cabina e pequei um livro: Buda governa ainda meus pensamentos. Li o Diálogo de Buda e o Pastor, que nos últimos tempos me enchia de paz e segurança.

O PASTOR– “tenho bois, tenho vacas, tenho os pastos de meu pai, e um touro para cobrir minhas vacas. Eu tu, céu, podes, chover quanto quiseres”!

 

BUDA – “não tenho bois nem vacas. Não tenho pastos. Não tenho nada. Não tenho medo de nada. E tu, céus, podes chover quanto quiseres”!

O PASTOR– “tenho uma pastora dócil e fiel. Há alguns anos ela é minha mulher, e sinto-me feliz em brincar com ela à noite. E tu, céu, podes chover quando quiseres”!

BUDA – “tenho uma alma dócil e livre. Há alguns anos eu a exercito e ensino-lhe a brincar comigo. E eu, céu, podes chover quando quiseres.

Estas duas vozes falam ainda quando veio o sono. O vento se tinha levantado de novo, e as ondas quebravam sobre a escotilha de vidro grosso. Eu vagava como fumaça entre a vigília e o sono. Uma violenta tempestade caiu, os prados escureceram, os bois, as vacas e o touro foram tragados. O vento arrancou o telhado da cabana e o fogo apagou-se. A mulher deu um grito e caiu morta na lama. E o pastor começou a lamentar-se; ele gritava, eu não entendia ; e eu mergulhava cada vez mais no sono, deslizando como um peixe no mar.”

O ex-presidente Lula perdeu quase tudo que conquistou — lícita e ilicitamente — dentre tudo, se podem citar: o respeito; a esposa, que não aguentou as pressões e as decepções; o sítio de Atibaia,  presente de um mui amigão;  o Aptº Triplex em Guarujá; a cobertura de luxo, em São Bernardo; os milhões das consultorias; as propinas aplicadas, em formatos de heranças da esposa; o tesouro subtraído do Palácio da Alvorada; a juventude; a tranquilidade; a saúde e, agora, na iminência de perdem a  liberdade.

 

CONTRAPONTO:

Nesta próxima terça-feira, 6 de março,   a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar um habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula pede ao STJ que impeça a prisão do ex-presidente.

No dia 30 de janeiro, o vice-presidente do STJ Humberto Martins negou a liminar solicitada pela defesa do ex-presidente Lula e, agora, a Quinta Turna do STJ deverá julgar o mérito.

Quando o ministro Luiz Edson Fachin, Chefe da Operação Lava-Jato junto ao STF, negou o habeas corpus para livrar o ex-presidente Lula da prisão, após analisados os Embargos de Declaração, em análise juntoa Turma TRF-4 que o condenou a 12 anos e 1 mês de prisão, e passou o abacaxi para a presidente do STF, ministra Cármem Lúcia, descascar.

O ministro Luiz Edson Fachin tinha consciência sobre as dimensões da complexidade do problema. Em assim sendo, a presidente do STF teria que preparar a Pauta e solicitar uma Reunião Extraordinária à Corte, com a participação de todos os ministros que compõem Suprema Corte, e, assim, a presidente Cármen Lúcia ficaria numa verdadeira “Sinuca de Bico”, na linguem popular, uma vez que este tema ‘prisão em segunda instância já fora amplamente discutido, desgastado, votado e definido, em sessão anterior, na data de por um placar de 6 x 5, a favor da prisão após condenação em segunda instância. Se a presidente do STF pautar esta Assembleia Extraordinária e ocorrer a aprovação do HC a favor de Lula o que ocorreria?

 

RESPOSTA:

Ninguém mais seria preso em segunda instância e os que estão presos, em decorrência da aprovação para a prisão em segunda instância, serão todos soltos, do jeito que os corrutos gostariam.

Se a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia pautar a votação para julgar o HC que a defesa do ex-presidente Lula solicitou, [ ... “É apequenar o STF – palavras da própria ministra Cármen Lúcia]” e não tenham dúvidas: o placar já é conhecido por todos (7 x 4) pró-Lula, mas isto não será suficiente e terá baixa serventia. O ex-presidente teria uma sobrevida, em não ser preso neste momento, sendo esta prisão adiada para outra oportunidade.

Na altura do campeonato, todo time que passa todo o certame ocupando a zona de rebaixamento, a tendência óbvia é que mais cedo ou mais tarde seja rebaixado.

No caso do ex-presidente Lula, de uma certeza toda a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) já tem.  É a de que o ex-presidente Lula não terá saúde política para fazer o registro de sua candidatura para disputar as próximas eleições presidências e, assim, se consolidada o chavão:  quando o apicultor não sabe criar abelhas, mel não produz. E se confirma: NEM MEL, NEM CABAÇA.

POLÍTICA & MEIO AMBIENTE (ANTôNIO DE ALMEIDA )

Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, com Pós-Graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, e colaborador do quenoticias.com.br