O JOGO DAS CARTAS MARCADAS (ANTI)LAVA JATO DA CPMI DO 08/01

30 de outubro de 2023 131

O parecer da CPMI do 8 de Janeiro,relatado pela senadora Eliziane Gama, poderia  sofrer qualquer tipo de contestação ou crítica,menos a de der sido absolutamente “coerente”com os novos tempos da política instalados nos porões da gestão presidencial de Jair Bolsonaro (2019 a 2022),em virtude das sabotagens e boicotes sem fim  sofridos pelo seu governo por intermédio do Supremo Tribunal Federal,Tribunal Superior Eleitoral e demais tribunais superiores,e pelo próprio Congresso Nacional,constituído na sua imensa maioria pela pior escória de “vendilhões” da pátria.

Com a posse da esquerda no Governo a partir de 1º de janeiro de 2023,encabeçado pelo ex-presidiário e (des)condenado Lula da Silva,o cerco se fechou totalmente a fim de que fosse completamente desmantelada a maior operação de combate à corrupção no erário já vista no mundo.só equiparada,talvez, à “Operação Mãos Limpas”,na Itália,onde os responsáveis pela   Operação Lava Jato no Brasil se inspiraram para combater a corrupção tupiniquim irrefreada.

O que mais surpreende na recondução de Lula à Presidência não é propriamente a “desconfiança” com a lisura do processo eleitoral responsável por essa “obra”,porém o fato de domínio público da roubalheira que imperou durante os governos de esquerda de 2003 a 2016,onde estima-se tenha sido “desviado” pelos corruptos cerca de 10 trilhões de reais,um valor superior ao próprio PIB brasileiro,quantia essa suficiente para “comprar”várias eleições subsequentes.

Ora,o “poder de compra” desses 10 trilhões de reais roubados do erário durante longo período  conseguiu inverter até mesmo os princípios morais norteadores  da sociedade brasileira,de modo a  sentarem na cadeira do juiz os piores fascínoras morais da sociedade e no banco dos réus os verdadeiros homens públicos combatentes da corrupção,movidos por requintados padrões éticos e morais. Resumidamente: os “bandidos” tomaram o lugar dos “mocinhos” e passaram a ditar as regras “morais”da sociedade,afastando e prendendo qualquer um  que ousasse resistir.O  “caça bandidos” virou “caça mocinhos”.

     “Viraram” inclusive o principal objetivo da CPMI do 08/01,que em princípio era demonstrar a farsa das acusações que estavam sendo feitas contra os que não eram os verdadeiros responsáveis pelos atos de vandalismo daquele dia,e sim os “outros”,que a princípio não queriam a CPMI,mas que não tiveram outra alternativa em adotar a sua “paternidade” após o vazamento e divulgação pela CNN das imagens responsabilizando diretamente o “general do Lula”,Ministro Chefe do GSI,General Gonçalves Dias. Aí então valeu o efetivo “poder de compra” dos 10 trilhões roubados do erário,que “nomeou” a respectiva Comissão e comprou todos os votos para aprová-la em Plenário,entregando-a,de “mão-beijada”,ao Ministro Relator dos “inquéritos do fim do mundo”,Alexandre de Moraes,para livremente “dispor” sobre a liberdade ou prisão dos 61 indiciados na CPMI,talvez objetivando “matar” a sede de vingança de Lula contra Bolsonaro ao vê-lo “também”colocado atrás das grades.

      São por esses motivos principais que a história acabará tendo de se render à realidade que a CPMI do 08.01 nada mais foi que o clímax da operação (anti)Lava Jato, patrocinada em conluio pelos Três Poderes.

      Sérgio Alves de Oliveira

      Advogado e Sociólogo

Fonte: SÉRGIO ALVES DE OLIVEIRA
O CONTRAPONTO

Sérgio Alves de Oliveira