O placar foi de 3 x 2 pela suspeição de Moro, que tinha condenado o petista sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP). Os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia votaram pela suspeição do ex-juiz.
A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta sexta-feira (26/3), quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Viação Saritur, em Belo Horizonte (MG). A operação, batizada de Camarote, busca provas para investigação que apura se empresários do setor de transporte e políticos foram vacinados ilegalmente contra a covid-19.
A PF procura indícios da importação e receptação irregular de doses da vacinas da Pfizer. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 35º Vara Federal Criminal de Belo Horizonte.
De acordo com reportagem da revista Piauí, as doses da Pfizer foram adquiridas por iniciativa própria e não repassadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), como prevê a lei. A segunda dose estaria prevista para ser aplicada nas cerca de 50 pessoas daqui a 30 dias; o lote com duas doses para cada custou R$ 600 por pessoa.
Os empresários, que teriam recebido a primeira dose na terça-feira (23), são, em maioria, ligados ao setor de transportes no estado, de acordo com a publicação. Entre eles estaria o ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG), ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT); os familiares do político também teriam sido vacinados.
Ainda de acordo com a reportagem, parte dos imunizados afirmou que os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur, seriam os responsáveis da iniciativa e que uma garagem do grupo serviu de posto de vacinação improvisado. Em nota, a Saritur informou que os irmãos Lessa não fazem parte do seu corpo societário e que a direção da empresa desconhece a ocorrência de imunização em uma garagem.