Opinião - A difícil previsão de quem governará Rondônia a partir de 2019
A sucessão do governador Confúcio Moura (PMDB) é o assunto predominante nos bastidores da política nas últimas semanas. O senador Acir Gurgacz do PDT, o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho do PMDB, o advogado Jackson Chediak do PCdoB e o senador Ivo Cassol, do PP, mesmo estando inelegível são os pré-candidatos, que já buscam o voto do eleitorado para as eleições do próximo ano.
A menos de um ano das eleições e quatro nomes já na disputa é um número significativo, mas a participação dos candidatos deverá ser bem maior até as convenções do próximo ano, que serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Após as convenções os candidatos terão dez dias para o registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a abertura da campanha.
Hoje temos quatro nomes como pré-candidatos, mas o Rondônia Dinâmica energiza a disputa quando promove uma enquete, desde a última quinta-feira (12) onde estão à disposição dos internautas 19 nomes em condições de suceder Confúcio Moura.
Até o final da manhã deste sábado (14) o senador Acir Gurgacz, que é pré-candidato e o vice-governador Daniel Pereira (PSB), que deverá assumir o governo a partir de março do próximo ano, porque Confúcio será candidato ao Senado ou Câmara Federal estão na liderança. A enquete será encerrada na próxima segunda-feira (16).
A boa margem das intenções de voto de Acir e Daniel não surpreende, mas a do jovem Vinícius Valentin Raduan Miguel, da REDE, sim, porque ele nunca teve participação direta na política partidária. Está a frente de políticos expressivos como Cassol, que já governou o Estado em dois mandatos seguidos e Expedito Júnior, do PSDB, que já foi deputado federal e senador.
A boa presença do jovem Raduan Miguel na enquete do RD demonstra que o eleitorado, no caso os internautas, está disposto ao novo, a mudança. Talvez os constantes envolvimentos de políticos profissionais em atos corruptos, que foram explícitos nas constantes operações da Polícia Federal, que tem na Operação Lava-Jato o centro das atenções contribuam para a tendência ao novo.
Temos exemplo recente da proposta de mudança do eleitorado. Em Porto Velho, nas eleições a prefeito de 2016 se elegeu o promotor público aposentado, Hildon Chaves, do PSDB. Dois dias antes das eleições o Ibope apresentou pesquisa (não enquete) onde ele tinha menos de dois dígitos. Na apuração dos votos chegou à frente do jovem deputado estadual Léo Moraes (PTB). Políticos experientes como o prefeito, ex-deputado estadual, ex-deputado federal Mauro Nazif (PSB), que disputava a reeleição e o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) ficaram para traz.
Hildon foi um fenômeno eleitoral e nas eleições do próximo ano poderá surgir um nome novo, como ele surgiu em Porto Velho, que poderá sensibilizar o eleitorado nas eleições ao governo do Estado. Como passamos por momento político, econômico e social nacional difícil, caso a situação permaneça até as eleições de 2018, não estaria descartada uma quarta via para comandar o governo do Estado a partir de 2019.
A enquete não é pesquisa, não apresenta dados científicos, mas serve de parâmetro a quem pretenda entrar na disputa pelo comando do Poder Executivo Estadual no próximo ano.
Vamos à frente, que atrás vem gente.