Os novos sinais + Região conflitada + Os benefícios da ponte + A modernização

5 de maio de 2021 216

Os novos sinais

O admirável esforço do ministro Carlos França para desfazer as trapalhadas “ideológicas” de Ernesto Araújo esbarra nos atritos entre as diversas alas internas do governo, fontes de notícias negativas que sinalizam para um governo contraditório, como a confissão do general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Casa Civil, de que tomou escondido a vacina contra a Covid-19.

Embates internos são positivos quando proporcionam um leque maior de informações para aconselhar iniciativas, mas são desastrosos quando paralisam o governo e multiplicam notícias negativas. Neste caso, cabe intensificar a agenda positiva, destacando, impulsionando e principalmente apoiando as iniciativas que projetam a afirmação da bioeconomia.

Como flores que brotam no lodo, são muitos os sinais de algo novo surgem na Amazônia, ligando os saberes tradicionais dos povos com avanços tecnológicos. É o caso da balsa-fábrica que produz 12 toneladas de polpa congelada de açaí por dia enquanto navega pelas calhas dos rios Solimões, Japurá, Juruá, Purus e Madeira. Ela aproveita a energia solar e devolve limpas as águas que utiliza no processamento industrial.

Nesse mesmo sentido, um filme biodegradável produzido com a fécula do cará vem substituir plásticos sintéticos usados para embrulhar alimentos. Não há porque esconder o que é positivo, como se vacinar e salvar o clima com uma economia sustentável.

..............................................................

Região conflitada

Já fazem 35 anos da invasão acreana na Ponta do Abunã, onde estão os distritos de Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre do Abunã e Fortaleza do Abunã. Poucos se lembram que a governadora Yolanda Fleming, com tropas da sua Policia Militar invadiu e tomou posse da região que chegou a fazer parte do mapa do vizinho Acre. A invasão ocorreu no governo Ângelo Angelim e seu sucessor Jerônimo Santana retomou a região na marra. Tantos anos depois, com os dois estados já conciliados, teremos nesta sexta-feira a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira na região que foi conflitada.

Indícios acreanos

Até hoje a população e os políticos acreanos consideram a região e a ponte a ser inaugurada hoje pelo presidente Bolsonaro como território acreano. Um dos balneários prediletos dos acreanos é  Fortaleza do Abunã, onde predominam casas de veraneio dos nossos vizinhos. A presença dos empresários do vizinho estado em Nova Califórnia e Extrema é expressiva e por quase dois anos os serviços de água, energia e telefonia foram fornecidos pelo governo acreano. Os distritos estão mais próximos de Rio Branco e ainda tem uma dependência grande da terra de Galvez.

Os benefícios

Os benefícios com a inauguração da ponte serão inúmeros, um dos mais importantes é a extinção das balsas que cobram até R$ 200,00 para a travessia de um caminhão, num dos maiores golpes de pedágio já vistos no Brasil e os governos do Acre e de Rondônia nunca tiveram forças para arrebentar um cartel que durou quase 50 anos de exploração. A viagem ficará mais curta, os preços do transporte de alimentos, materiais de construção mais baratos para a população da região rondoniense do Abunã e do vizinho estado do Acre

Norte Sul

O presidente Jair Bolsonaro assumiu compromisso com as lideranças políticas e empresariais do centro do Oeste para concluir a Ferrovia Norte-Sul que conecta o Maranhão, passando por Tocantins e Goiás, finalizando no porto de Santos, em São Paulo, até o mês de junho. Os estados de Rondônia e do Acre tem a expectativa que um braço desta ferrovia seja estendido para nossa região, seja pela Ferronorte ou pela Ferrogão, que liga o Mato Grosso ao porto de manditiruba, no Rio Tapajós, no Pará. Algum braço de ferrovia, portanto, pode sair para cá.

A modernização

As forças políticas do Pará e Amapá estão mobilizadas para um projeto de modernização da frota fluvial na região amazônica, cuja proposta também beneficia os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Como se sabe, na região amazônica, onde a malha de estradas rodoviárias é quase inexistente e tem amplitude apenas em Rondônia, os rios funcionam como estradas e com isto o índice de naufrágios é enorme, principalmente no Amapá, Amazonas e no Pará. Embarcações mais modernas além de reduzir as tragédias, vai também solucionar o elevado índice de escalpelamentos na região Norte nas canoas e rabetas a motor.

Via Direta

*** Nos próximos dias dois suplentes assumem na Assembleia Legislativa: os ex-deputados Ribamar Araújo (PR-Porto Velho) e Saulo Moreira (MDB-Ariquemes) nas vagas de Aelcio da TV PP-Porto Velho) e  Edson Martins (MDB-Urupá) *** Antigos companheiros cogitam a volta as lides políticas do ex-prefeito  de Ariquemes Francisco Sales, que também foi o primeiro deputado federal do Vale do Jamari eleito em 1982 *** Aparentemente Sales, que também foi deputado estadual pendurou as chuteiras de vez *** Outros ex-prefeitos rondonienses também se aposentaram, como Dedé de Melo em Guajará Mirim, Assis Canuto em Ji-Paraná, Antônio Geraldo em Presidente Médici, Sueli Aragão em Cacoal, Milene Mota em Rolim de Moura e Daniela Amorim em Ariquemes.

Fonte: CARLOS SPERANÇA
POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br