Parte das Artes agora na Francisco Meirelles

25 de outubro de 2017 834

A direção da biblioteca municipal Francisco Meirelles serve café regional, na manhã desta quarta feira 25, para apresentar as obras que fazem parte da exposição “Parte das Artes” dos artistas João Zoghobi, Rita Queiroz, Geraldo Cruz, Franciney Vasconcelos e Timides. “Pintura a óleo, pintura em acrílico, esculturas de papel, de ferro ou madeira e até mesmo esculturas de reciclagem fazem parte da exposição”, disse o diretor da biblioteca Célio Leandro da Silva.

Partes das Artes foi apresentada pela primeira vez ao público, no dia 18 de agosto, na galeria de artes do Porto Velho Shopping; de lá foi para o Palácio da Memória Rondoniense onde ficou até a semana passada. “O professor Célio diretor da biblioteca Francisco Meirelles visitou nossa exposição no Palácio da Memória e oficializou o convite para levarmos nossas artes para o hall da Francisco Meirelles”, disse João Zoghbi.

Cada um dos cinco artistas, tem uma parte na montagem da exposição, “assim como cada artista tem uma parte na criação artística do estado”,explica Zoghbi.

As obras que a partir das 8 horas desta quarta feira 25, estarão em exposição na Francisco Meirelles já foram vistas por mais de 2 mil pessoas nos ambientes onde foram expostas.

Todas as obras que fazem parte da exposição estarão à venda. O valor agregado ao trabalho final é pensado em relação à cidade. “A gente tenta colocar um valor acessível para que as pessoas tenham a vontade de comprar, assim como a que elas demonstram quando vêem as peças. Mas para nós artistas, a gratificação maior, é ver que as pessoas vêem referências do estado em nosso trabalho”, relata Geraldo Cruz.

Para o diretor, o hall da biblioteca precisa ser ocupado, tanto pelos expositores quanto pela população.

 


Visitação

A biblioteca Francisco Meirelles fica aberta para visitação, de segunda a sexta feira, das 8 às 18 horas.


 


 

 

Lenha na Fogueira



As vezes fico invocado com as nossas instições, que se dizem defensoras do patrimônio histórico de Rondônia. Agora mesmo, acabo de editar, matéria do IPHAN sobre a premiação de alguns projetos que dizem respeito a Patrimônio Histórico, que receberam na noite de ontem 24, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade.

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O Prêmio contemplou oito projetos dos estados do Amapá, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.

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Vamos nos reportar ao estado do Amapá que foi contemplado através do Projeto “Inventário de Folias Religiosas do Amapá”

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“Nossa iniciativa consiste no registro, estudo, reconhecimento e valorização das folias religiosas e de seus fazedores: foliões e foliãs, das festas e das comunidades que as preservam", afirma a pesquisadora e historiadora Decleoma Lobato, que idealizou o projeto.

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Dentro desse segmento, temos em Rondônia a “A Folia do Divino” que ha mais de cem anos é realizada no Vale do Guaporé. Por que será que aqueles que se dizem pesquisadores dos fazeres e crenças do nosso povo, jã não providenciaram uma pesquisa de vergonha, para apresentar no Ministério da Cultura ou o IPHAN com o intuito de galgar a premiação que tem como patrono Rodrigo Melo Franco?

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Outro projeto premiado foi Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória

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O projeto se destacou por recuperar e preservar o patrimônio imaterial da cultura quilombola no Brasil, permitindo a recuperação e o registro de manifestações culturais, histórias, religiosidade, gastronomia e outros aspectos da cultura afrodescendente. O trabalho resultou em um livro impresso, 30 vídeos de curta-duração, um banco de imagens e um portal na internet.

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Aqui também, lembramos que poderíamos concorrer com um projeto idêntico, sobre os Quilombos do Vale do Guaporé. Recentemente a fotógrafa Marcela Bonfim realizou um ótimo trabalho fotográfico sobre os Negros do Vale do Guaporé, porém, é necessário que se faça pesquisa sobre os costumes, a musicalidade e as cantigas que fazem parte do dia-a-dia dos quilombolas do Guaporé.

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Além disso, temos manifestações de cultura popular em Porto Velho, como é o caso da dança de quadrilha e do boi bumbá, que precisam ser estudadas cientificamente. Qual a origem da quadrilha dançada em Porto Velho e do boi bumbá que se apresenta no Flor do Maracujá. Hoje nossas quadrilhas se destacam nacionalmente, por se apresentarem com coreografias e indumentárias que só são usadas nas apresentações no Arraial Flor do Maracujá.

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Rondônia precisa ouvir seus Mestres. Aliás, Rondônia precisa urgentemente registrar seus Mestres. Os contadores da história antiga de Rondônia e das cidades de origem dos que para aqui vieram em busca de melhorar de vida.

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Os Mestre da Cultura Popular em Rondônia precisam ser reconhecidos como tal. Quem é o Mestre da Cultura Pomerana que existe em Espigão do Oeste. Quem é o Mestre da Cultura Popular nos segmentos quadrilha e boi bumbá em Porto Velho. Pelo que sei, apenas eu Silvio M. Santos até agora fui reconhecido como Mestre em Boi Bumbá. Mesmo assim, sou como se fosse um grão de areia no meio dos Mestres da Cultura Popular Nordestinos.

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O reconhecimento dos nossos Mestres da Cultura Popular deve ser promovido com a maior brevidade, afinal de contas, são os Mestres que fazem com que a cultura popular de um povo seja preservada.


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Bem poderíamos ter sido contemplado com o prêmio Rodrigo Melo Franco, porém como a valorização da Cultura Popular no estado de Rondônia tá longe de acontecer. Ficamos batendo palma para o Amapá. Parabéns!


 

LENHA NA FOGUEIRA (ZEKATRACA)

Colaborador do Que Notícias, ZEKATRACA é titular da coluna Lenha na Fogueira no jornal Diário da Amazônia. E-mail: zekatracasantos@gmail.com