PCDF investiga suspeita de irregularidade em contratação de instituto para prestação de serviços em Centro Olímpico
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (2/2), a Operação Tie-Break, com o objetivo de apurar irregularidades na contratação da Instituição Amigos do Vôlei (IAV), para prestação de serviços no Centro Olímpico de Santa Maria, através de licitação vinculada à Secretaria de Esportes do DF.
O convênio e a respectiva execução tiveram início no ano de 2011, sendo que a fase conclusiva ocorreu a partir de 2017, com a prestação de contas finalizada em novembro de 2018.
Veja fotos da operação:




Hugo Barreto - Metropole
São cumpridos três mandados de busca e apreensão em empresa e em residências localizadas em Águas Claras, Taguatinga e Ceilândia, visando obter elementos probatórios que irão subsidiar as investigações em andamento. Até o momento, os indícios são de crimes da Lei de Licitações e outros crimes contra a administração pública.
Ao longo da investigação foram identificados diversos indícios que demonstraram o direcionamento da contratação do IAV e também do valor total do contrato (R$ 9.952.055,14). O montante de aproximadamente R$ 3 milhões não contava com comprovação de gasto.
Segundo a PCDF, parte das irregularidades também foi apontada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Algumas das irregularidades apontadas no relatório de auditoria da corte de contas forram:
– Contratação a maior de 79% em relação aos cursos de informativa e inglês;
– Superfaturamento de 118% na aquisição de bolas de basquetebol, 400% na aquisição de bolas de tênis, 2.595% na aquisição de plataforma de piscina;
– superfaturamento de 411,70% no valor da contratação do serviço de pesquisa de satisfação.
Apurou-se ainda a presença de indícios de superfaturamento. As investigações contaram com participação dos peritos criminais do Instituto de Criminalística da PCDF, que apontaram que o valor devido aos cofres públicos, mesmo após as glosas, seria de R$ 800.463,56.
O termo “Tie-Break”, que dá nome à operação, faz alusão ao set decisivo do voleibol. As investigações ainda estão em curso.