PF prende quatro em Rondônia por desvio de R$ 2,1 milhões da Funasa

14 de dezembro de 2018 260

RONDÔNIA - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (24), na cidade de Ji-Paraná (RO), a Operação Borduna, que investiga desvio de recursos federais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A operação, feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), já prendeu temporariamente quatro pessoas e recolheu documentos nas residências e nas empresas dos suspeitos de envolvimento na fraude. Uma pessoa ainda está sendo procurada pela PF.

Segundo as investigações, teriam sido desviados cerca de R$ 2,1 milhões que eram repassados pelo Ministério da Saúde por meio da Funasa, para a Associação de Deficientes Físicos da Amazônia Legal (Asdefal), uma organização-não governamental com sede na cidade de Ji-Paraná.

Em Brasília, a assessoria da Funasa informou que ainda não recebeu informações oficiais da Polícia Federal. Segundo a assessoria, só após saber detalhes da operação, a diretoria da fundação irá decidir se haverá uma manifestação oficial sobre o assunto.

De acordo com o delegado Luciano Patury, chefe da Polícia Federal em Ji-Paraná, ainda pela manhã foram detidas quatro das cinco pessoas que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal.

Segundo o delegado, estão presos temporariamente na sede da Polícia Federal o atual coordenador regional da Funasa, um vereador de Ji-Paraná, um auditor fiscal do Estado e o atual presidente da Associação de Deficientes Físicos da Amazônia Legal.

Todos estão prestando depoimento na sede da Polícia Federal, e, segundo o delegado, posteriormente, serão encaminhados ao presídio da cidade. Além das prisões, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

“Ainda não foi encontrada quantia em dinheiro, mas documentos que corroboram os indícios já recolhidos. O material foi encontrado nas casas e nas empresas dos suspeitos que foram estão presos”, afirmou o delegado .

As investigações tiveram início em 2007. Segundo a polícia, os acusados faziam uso da associação sediada em Ji-Paraná para obter recursos públicos federais que deveriam ser utilizados nos serviços de atenção à saúde indígena.

A polícia ainda afirma que a fraude contaria com a participação de funcionários lotados na Funasa, prefeituras do interior do estado, além de pessoas físicas e jurídicas fornecedoras e prestadoras de serviço, especialmente de medicamentos.