PICÔCO NA AJL

27 de novembro de 2017 794

 A reunião da Academia Jundiaiense de Letras, sábado passado, tornou-se festiva pelo bate papo organizado pelo confrade Márcio Martelli, em homenagem póstuma ao saudoso Picôco Bárbaro. Após uma apresentação oral do organizador, que narrou encontros com o homenageado, o presidente João Carlos José Martinelli exibiu página de jornal antigo com reportagem de sua lavra e fotos sobre o colega jornalista, lembrando as noitadas com amigos, dentre eles, a memorável Chãins Miranda Duarte. Guaraci Alvarenga leu crônica de autoria própria, sobre os carnavais de Jundiaí, escolas de samba e blocos iluminados com a alegria de Picôco. Antonio Luiz Gomes ressaltou os encontros com Picôco nos periódicos onde eram articulistas. Susana Ferretti leu parágrafo de Clarice que evocava seu modo se ser.

            Dentre os presentes, parentes e amigos da Ponte São João manifestaram emocionados seu apreço pelo querido advogado e companheiro. A cidade amava Picôco por vários motivos, dentre os quais, a amizade e o despojamento. Como ele dizia, tinha vida de lorde. Sim, era um lorde, no melhor sentido da palavra. Sílvia Pozzi Loverso, ex-presidente da Aflaj e atual da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística, proferiu palavras de saudade e eterna gratidão ao Bufê dos Bárbaro, que promove o Café com Arte, no Solar.do Barão; e do fotógrafo Marcos Costa, que ao lado da esposa Ieda, registrou inúmeros eventos com Picôco. No livro editado pela In House e revisado por Nancy Cury, há vários outros episódios interessantes.

            A pedido dos acadêmicos, li o poeminha póstumo “Arrebol”, que associa imagens do Casimiro de Abreu e Haydée Mojola, recordando os domingos à tarde, quando antes de irmos à domingueira do Clube Jundiaiense, parávamos em frente à casa da Álida Corradin, para assistirmos ao poente da Chácara Urbana: “Com tua partida / foi-se a nossa / juventude / Aquela / das belas tardes amenas / e risos fagueiros / ao pôr do sol. Lembrei o espírito brincalhão de Oswaldo Bárbaro, que recheou alguns croquetes com algodão, na a festa de casamento de Pituca; e da caixa de doces que D. Leta nos enviou pelo Picôco, em agradecimento à visita e leitura de uma poesia que expressava o afeto contido nos “doces caseiros / secando em tabuleiros / ao sol do meio dia”.

            Para encerrar, o orador da AJL e presidente da Academia Jundiaiene de Letras Jurídicas, Tarcísio Germano de Lemos, mencionou o Pároco e Juiz de Paz, que Oswaldo representava nas festas juninas; e enfatizou que Picôco, “aquele menino”, fora um dos fundadores da AJLJ.