Pressão chinesa por menores preços da carne bovina dita mercado
Nessa quarta-feira, no mercado físico do boi gordo, todas as praças monitoradas mantiveram suas cotações estáveis. Em São Paulo, o boi comum continuou valendo R$ 255,00/@, e o “boi China”, R$ 265,00/@, com escalas na média de onze dias úteis. Na B3, o contrato vigente fechou o dia em R$ 263,30/@, uma valorização de 0,17%.
Já no mercado internacional, as negociações se mostram cada vez mais lentas, importadores chineses alegam que os estoques de carne bovina no país não caíram (mesmo com a saída brasileira durante o mês de mar/23) e com esse pretexto pressionam os preços, ofertando cerca de US$ 5.100/t pelo dianteiro brasileiro, ainda assim, poucos negócios são efetivados.
Exportações de carne bovina
As exportações de carne bovina tiveram uma queda significativa em abril de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgado ontem, o volume total exportado atingiu 110,3 mil toneladas até a quarta semana de abril deste ano. Já em 2022, o volume total do mês de abril foi de cerca de 157,3 mil toneladas em 22 dias úteis.
A média diária exportada na quarta semana de abril ficou em 6,1 mil toneladas, o que representa uma queda de 26% em relação ao mesmo período de 2022, que registrou uma média diária de 8,2 mil toneladas.
O desempenho das exportações ainda está comprometido pelo embargo da China ao produto brasileiro devido ao caso atípico de vaca louca no Pará. No entanto, a expectativa do mercado é que os dados das exportações comecem a mostrar volumes melhores no mês de maio.
O preço médio da carne bovina na quarta semana de abril foi de US$ 4,786 mil por tonelada, o que representa uma queda de 22,9% em relação aos dados divulgados em abril de 2022, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 6,208 mil por tonelada.
O valor negociado para o produto na quarta semana de abril ficou em US$ 528,184 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado foi de US$ 977,022 milhões. A média diária ficou em US$ 29,343 milhões, registrando uma queda de 42,9% em relação a abril de 2022, que teve uma média diária de US$ 51,442 milhões.
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O milho segue perdendo valor no mercado físico brasileiro e encerrou a quarta-feira cotado a R$ 64,00/sc em Campinas/SP. Na B3, os futuros de milho seguiram recuando na última quarta-feira, respondendo ao cenário de oferta regularizada e também à queda da moeda norte-americana frente ao real. O contrato jul/23 (CCMN23) desvalorizou 1,11% e terminou o pregão regular de quarta-feira (03) cotado em R$ 61,30/sc.
A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia impulsionou os futuros de milho e trigo em Chicago no dia de ontem, após a Rússia afirmar que a Ucrânia tentou atacar a sede do governo russo com drones militares. O futuro de milho para jul/23 (CN23) avançou 1,47% e encerrou a sessão diurna de quarta-feira (03) na CBOT cotado em US$ 5,89/bu.
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A soja acompanhou a queda no preço do dólar e voltou a ser cotada na casa dos R$ 138,00/sc no mercado físico de Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja acumularam ganhos no dia de ontem em Chicago, refletindo o movimento de alta dos futuros do óleo de soja mesmo após a continuidade de queda do petróleo WTI, que se manteve abaixo dos US$ 70,00/barril. O vencimento jul/23 (ZSN23) valorizou 0,48% e fechou a sessão regular de 4ª feira (03) cotado em US$ 14,18/bu.