Quarto bandido mais procurado do Brasil é preso

Uma ação conjunta entre Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu o quarto criminoso mais procurado do Brasil. Diego Moura Capistrano, de 34 anos, conhecido pelos apelidos de “O Jovem” e “Professor” foi condenado a mais de 120 anos de prisão por ser um dos mentores de um assalto a uma transportadora de valores de São Paulo.

O condenado foi preso na BR-381, altura de Igarapé (MG), na última sexta-feira (20), mas apenas hoje (23) a Polícia Civil e a PRF deram detalhes sobre a prisão do bandido, que estava com um fuzil 556, considerado “armamento de guerra”.

Diego até informou alguns dados corretamente, mas se equivocou com relação à própria idade. Vendo que a situação dele estava ficando complicada, ele “empreendeu fuga”, revelou o chefe de operações da PRF, Anderson Damasceno.

De acordo com a PRF, a captura aconteceu quando a entidade realizava um patrulhamento na rodovia. O bandido se apresentou com uma identidade em nome de “Elias”. Segundo os agentes, o nervosismo do indivíduo durante a verificação de identificação levantou suspeitas de que ele estava mentindo.

O bandido correu assim que estava sendo algemado, atravessou a rodovia, pulou o canteiro central, sofreu duas quedas e foi encontrado no mato. “Após a captura, foi feita uma vistoria no veículo e, sob o banco traseiro, a gente conseguiu localizar o fuzil, R$ 14.500 em dinheiro e uma munição de 9mm”, revelou Anderson.

Após o encaminhamento à Polícia Civil e, posteriormente, fazendo contato com outras instituições policiais, principalmente com a Polícia Civil de São Paulo, as entidades conseguiram cruzar os dados e identificar o bandido, considerado um dos homens mais procurados do Brasil.

Bandido muito mais perigoso do que se imaginava

Ao chegar à delegacia, Diego, ainda como “Elias”, seria autuado pelo porte de arma de fogo. No entanto, no decorrer do registro policial, a verdadeira identidade dele foi descoberta.

“‘O Jovem’ é integrante de uma organização criminosa de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele foi condenado a 123 anos por um assalto à Prossegur, em 2016. O roubo envolveu mais de 40 criminosos que, juntos, levaram cerca de R$ 51 milhões. Além disso, é suspeito de ter participado do assalto à empresa Brinks, em Ciudad del Este, no Paraguai, em 2017”, revelou o delegado César Matoso, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

Diego optou pelo silêncio e não informou qual seria o destino dele antes de ser preso e a origem do dinheiro. Em uma lista com 22 nomes no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o bandido aparecia como o quarto mais procurado. No site da pasta, ele é colocado como criminoso que tem a região Sudeste como área de atuação em “crimes contra o patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro”.