Queridinhos dos brasilienses: conheça o cardápio afetivo do DF
Com a ascensão do mercado gastronômico de Brasília, moradores da capital têm, cada vez mais, aproveitado a variedade culinária explorada pelos restaurantes da cidade. São casas que se aventuram pelos pratos típicos de cada região do país e também trazem, para a capital, sabores internacionais. No entanto, são diversos os exemplos de espaços gastronômicos que se tornaram clássicos para os brasilienses e reúnem os pratos queridinhos dos candangos. Nesta semana, o Divirta-se mais selecionou seis restaurantes que têm, como carro-chefe, delícias que caíram no gosto do povo.
Para Issa Jabra Attie, proprietário do BSB Grill, um prato amado pela clientela precisa ter qualidade e padrão. Creison Konrad, proprietário do Armazém do Juca, pontua que o público procura mais que apenas gastronomia. "Hoje as pessoas buscam experiências, não só comer e beber, porque isso fazemos em casa", aponta.
Beto Pinheiro, sócio—proprietário das franquias Coco Bambu e Vasto, também destaca o gosto requintado dos moradores da capital, além da importância da tradicionalidade. "O brasiliense é um cliente inteligente, antenado, viajado. Ele procura qualidade e fazer um bom negócio, comer um prato com bons insumos que seja compatível com o valor e que serve bem ele e a família", afirma.
A terceira asa da capital
A fim de competir com os prestigiados restaurantes do Plano Piloto, o Armazém do Juca ganhou asa própria e se tornou referência gastronômica no DF. No estilo “casa de praia”, o espaço em Taguatinga Sul, recebe desde pessoas de terno e sapato social a pessoas de camisa simples e chinelo, porque o mais importante é a extroversão de um ambiente focado em boa alimentação, música e bebidas.
Para Creison Konrad, proprietário do Armazém do Juca, as pessoas buscam experiências que vão além da aparência. “Aqui vendemos experiência às pessoas. Você pode decorar bem um prato, mas se ele não tiver sabor não vai adiantar”, aponta ele. Para tornar isso possível, o restaurante muda o cardápio a cada três meses na intenção de renovar as experiências.
Muito embora atualizar o paladar do público seja uma boa opção, a casa também preza pela preservação daqueles que são campeões de vendas e caíram no gosto da clientela. É o caso do petisco de carne de sol recheada com queijo coalho e acompanhada de mandioca (R$ 63,90). “Ele agrega duas preferências do brasileiro: a carne e o queijo”, comenta ele.
Gastronomia e arte
Inspirado na romântica Paris dos anos 1920, o Paris 6 vem para mesclar cultura e gastronomia pelo Brasil. Fundada em São Paulo, em 2006, por Isaac Azar, o restaurante procura integrar a cultura nacional ao homenagear artistas dos mais variados segmentos no próprio cardápio.
A diversidade do restaurante não se limita ao cardápio e promete imergir o cliente em uma viagem completa. “Arquitetura e decoração inspirada nos bistrôs e brasseries franceses, trilha com músicas francesas e decoração com ares parisienses”, relata a sócia Rebeca Castro sobre a experiência do Paris 6.
De comida vegetariana e vegana a opções de carnes, peixes e risotos, a casa é um ponto de encontro para todos os gostos. O carro chefe é o prato de Medalhões à “Chorão” (R$ 97), com medalhões de filé mignon ao molho rôti com shitake sobre risoto de queijo brie. E não é apenas de salgados que o restaurante conquistou o público. Por parte das sobremesas, o Grand Gateaux à “Paloma Bernardi” (R$ 52), com calda de Nutella, morangos em pedaços, avelãs granuladas e leite condensado é destaque.
Do pastel ao camarão
Originado no Ceará, o Coco Bambu é resultado da intenção do casal Afrânio Barreira e Daniela Barreira em reproduzir um restaurante que contemplasse o máximo da diversidade gastronômica. Para Beto Pinheiro, sócio-proprietário do Coco Bambu, o restaurante adequado exige sensibilidade das pessoas envolvidas com o negócio. "O sucesso está nos pratos bem dimensionados e uma comida farta que sirva bem as pessoas", comenta ele.
Ao prezar pela máxima excelência fornecida, ele também revela a importância de cada detalhe. "A gente não abre mão disso (qualidade), preparado pela melhor equipe que tem no Brasil. A gente não mede esforços para ir buscar a equipe onde for para termos o melhor time dentro de casa", revela Beto.
A prova disso está na fama de um dos pratos mais conhecidos do país, o Camarão Internacional, servido sobre um cremoso arroz com ervilhas, presunto e molho cremoso gratinados com queijo mussarela e parmesão, além de batata palha. Há a opção para duas (R$ 154) e para quatro pessoas (R$ 210).
Outro prato que está assumindo protagonismo é o Camarão Coco Bambu, com camarões recheados com catupiry e empanados servidos sobre o mesmo arroz do Camarão Internacional. A versão dele pode ser para três (R$ 199) e para seis (R$ 338) pessoas. "Ele é um prato farto e hoje o nosso prato que mais sai", aponta o sócio proprietário.