Receita certeira + É reviravolta? + Uma insurreição + Grande surpresa

24 de julho de 2021 343

Receita certeira

A péssima imagem do Brasil no exterior começa a ser amainada pela atuação profissional do Ministério das Relações Exteriores, banindo a desastrosa “ideologia” conspiratória que arruinou o perfil externo positivo que o Brasil granjeou no governo JK e não foi abalada sequer nos anos de chumbo da Guerra Fria. Nesse mesmo sentido, apesar das desconfianças que ainda restam, a troca no Ministério do Meio Ambiente sinaliza para entendimentos internacionais mais adequados, para que o Brasil deixe para trás em definitivo a humilhante pecha de “pária”, culpado pelos pecados ambientais da Terra.

A receita certeira para recuperar a boa imagem do Brasil como campeão no combate à fome e na proteção do clima global é a cooperação internacional. Se todos perdem numa guerra, como dizia o Duque de Wellington, que venceu Napoleão em Waterloo, todos podem ganhar com paz e cooperação.      

Interessante, nesse caso, a entrega pelo governo britânico de 460 mil libras esterlinas (mais de R$ 3 milhões) para promover um projeto de exportação de baru e castanha-do-pará. Dinheiro não vai para onde há desconfiança e negatividade. Ao beneficiar cerca de sete mil pequenos produtores da Amazônia e do Cerrado, o apoio significa que a boa vontade segue o bom trabalho. Com a vantagem adicional de promover o baru, que além de ser madeira para toda obra também fornece castanha.

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É reviravolta?

O acordo PSDB/DEM/PSD em Rondônia, projetando as candidaturas do senador Marcos Rogério ao governo estadual, do ex-senador Expedito Junior ao Senado, com as bênçãos do prefeito Hildon Chaves, está sujeito a reviravoltas. Informações procedentes de Brasília e São Paulo dão conta de que o Diretório Nacional não aceita apoiar um candidato bolsonarista ao governo de Rondônia. Além disto existe a orientação do Diretório Nacional do PSDB para que o partido assegure candidaturas próprias apoiando o presidencial que será escolhido nas prévias tucanas em novembro. São decisões que podem mudar todo o cenário tucano.

Uma insurreição

Ao mesmo tempo em que o comando nacional pode arruinar os acordos alinhavados pela passarada de alta plumagem em Rondônia, também existe uma insurreição de tucanos raiz. Estes alegam que o partido tem um candidato altamente competitivo e que já largaria com um pé no segundo turno, sendo lançado, caso do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, que teve uma vitória magra na disputa a prefeitura do ano passado, mas que de lá para cá dobrou sua popularidade na capital, cumprindo compromissos importantes com a população.

Eleitos em 82

Desde as eleições de 1982 que são realizadas eleições ao Senado em Rondônia com o advento do estado. Naquele pleito foram eleitos três senadores, todos do PDS. O mais votado com direito a um mandato de 8 anos, Odacir Soares (Porto Velho). Os dois restantes com mandatos de quatro anos: Claudionor Roriz (Ji-Paraná), Galvão Modesto (Porto Velho). Em 1986 foram renovadas duas cadeiras, com as eleições de Olavo Pires ( Porto Velho), Ronaldo Aragão (Cacoal), em 90, na única cadeira em disputa, a eleição de Odacir Soares (PDS-Porto Velho).

Grande surpresa

Em 1994 foram duas cadeiras em disputa, numa eleição surpreendente. O favorito Amir Lando, que tinha assumido a vaga de Olavo Pires, assassinado na eleição ao governo em 90, o herói da cassação do presidente Fernando Collor desabou perante José Bianco (Ji-Paraná) e Ernandes Amorim (Ariquemes). Em 1998, Amir Lando ressuscitaria conquistando a cadeira de Odacir Soares. Em 2002, a eleição do ex-governador Valdir Raupp (Rolim de Moura) e Fátima Cleide (P. Velho). Em 2006 Expedito Junior (Rolim) e Acir Gurgacz (Ji-Paraná) dividiram o mandato. Em 2010 a soberania de Valdir Raupp e Ivo Cassol; em 2014 a reeleição de Acir Gurgacz (Ji-Paraná). Em 2018, eleitos os senadores: Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Confúcio Moura (Ariquemes).

Uma cadeira

Na eleição de 2022 teremos a peleja de uma única cadeira e deverá ser a mais disputada em todos os tempos tal o número de caciques regionais envolvidos. As especulações dão conta de um grande confronto, envolvendo os ex-senadores Valdir Raupp, Expedito Junior, o deputado federal Leo Moraes, o megaempresário Bagatolli, o ex-senador Amir Lando, o prefeito de Ouro Preto do Oeste Jaques Textoni, o dirigente petista Ramon Cujui. E a cadeira ocupada atualmente pelo Senador Acir Gurgacz (PDT), poderá ficar com ele mesmo, se decidir ir para a reeleição. 

Via Direta

 

*** O nível das águas do Rio Madeira está baixando rapidamente e com isto já possivelmente em agosto causará prejuízos a navegação comercial no trecho entre Porto Velho a Itacoatiara, na Hidrovia do Madeira *** Como tem aumentado o número de cães e gatos abandonados nesta pandemia. Nos bairros periféricos se vê o problema do abandono se alastrando *** Como existem receptadores no mercado, aumenta geometricamente o roubo de hidrômetros e de tampas de bueiros de ferro em Porto Velho. Até na região central o bicho está pegando *** Boa parte dos ladrões e assaltantes agindo na capital usam tornozeleiras eletrônica. A medida está se desmoralizando já que a central de monitoramento não tem controle da bandidagem pela cidade *** O preço do ferro disparou e atinge diretamente os orçamentos das construtoras em Rondônia. A coisa disparou.    

Fonte: CARLOS SPERANÇA
POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br