Segunda onda do Covid-19 leva sistema de saúde de Rondônia para o chão. Falta UTI. Aumento expressivo no número de mortes e o grupo dos idosos é o que tem maior percentual dos óbitos (83%).

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde o sistema de atendimento à pacientes com Covid-19 em Rondônia está em colapso, com a falta de leitos de UTI. E neste último sábado (23) dos 12 óbitos no estado, 10 foram de pacientes com idade acima de 60 anos (83%).
O grupo de idosos acometidos pela Covid-19 é o grupo com maior letalidade. Sendo quanto maior é a idade nesse grupo, maior é a vulnerabilidade. Dos 10 óbitos de idosos no último sábado, 7 (sete) tinham idade acima de 72 anos.
Situação crítica. As autoridades estaduais e municipais não prepararam adequadamente o sistema de saúde estadual e municipal para a já esperada segunda onda da pandemia. E a população, principalmente os mais jovens, relaxaram nas medidas básicas de prevenção. Usar máscaras, álcool em gel, distanciamento e evitar aglomerações.
E a população rondoniense em geral colhe as consequências das festas de final de ano e da crise no estado vizinho, Amazonas, que tem enviado pacientes para serem atendidos em Porto Velho.
O alívio vem com as vacinas, mas num primeiro momento são insuficientes para imunizar todos, principalmente o grupo de maior risco, os idosos. Só em Ariquemes estima-se que tenha cerca de 10 mil pessoas na faixa etária acima de 60 anos. E as primeiras vacinas que chegaram nesta última semana, pelo que se sabe, estão sendo direcionadas para o pessoal da saúde.
O Ministério Público está acompanhando o plano municipal de imunização na aplicação desse primeiro lote de vacinas em Ariquemes (1.492 doses, em 746 pessoas) que deve priorizar o pessoal da saúde, mas somente os voltados para o atendimento do tratamento dos pacientes com Covid-19, os idosos acolhidos e os idosos acima de 75 anos.
A população espera da administração municipal transparência e agilidade na aplicação da vacina e que não ocorra desvios e nem beneficiários fora desses grupos. Temos que ter respeito e reverência à vida, gratidão para com os que estão na linha de frente e compaixão com os mais vulneráveis.
Autor: Jornalismo QueNotícias.