SEM MORO, A LAVA JATO SE MUDA PARA O RIO DE JANEIRO.

27 de março de 2019 339

Umas das questões mais discutidas após a saída do ex-super-juiz Sérgio Moro, que estava na liderança do estado de exceção jurídica da Lava Jato, na República de Curitiba, era se a força tarefa teria sobrevida. A operação que prendeu Michel Temer e Moreira Franco é o exemplo de que a vez do estrelato de Marcelo Bretas, chegou.

O modus operandi foi, ineditamente, igual ao que ocorria em Curitiba. Ou seja, Bretas mandou que personagens políticos de São Paulo fossem “extraditados” para o Rio de Janeiro, assim como ocorria com envios para a capital paranaense.

Parecendo até um combinado, Moro seguiu para o comando da Polícia Federal, se tornando Ministro da Justiça, enquanto Bretas ficou no judiciário federal de primeira instância, ditando as regras do judiciário brasileiro. O plano só estará completo, se Bolsonaro conseguir nomear Dallagnol ou outro da força tarefa de Curitiba para a Procuradoria-geral da República, formando o corpo completo de pronta condenação de qualquer opositor político. A Lava Jato dominaria a denúncia, a investigação, a polícia, a denúncia e, no final, faria o julgamento. Seria o ciclo completo de pré-condenação.

Por hora, a Lava Jato se muda para a primeira instância do Rio de Janeiro e espera contar com as esferas superiores do TRF-2. Só não combinaram, até aqui, com o relator na segunda instância, o desembargador Antônio Athié, que não poupou críticas à decisão pela exceção jurídica contra Temer e Moreira Franco, ao qual classificou de “caolha”. Mas, vale lembrar, nem tudo está decidido.

 

 

Fábio St Rios

Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio.

Fábio St Rios

Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio.

Fábio St Rios

Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio.