Sinal fechado para senadores rondonienses na eleição desse ano

18 de fevereiro de 2018 822

FILOSOFANDO

"Viver é um rasgar-se e remendar-se." – GUIMARÃES ROSA (1908/1967), médico, escritor, diplomata, contista e poeta brasileiro, nascido em Cordisburgo (MG).

 

O FIM

É nesse sábado, dia 17, que termina o horário de verão. Em vigor desde outubro, o horário de verão termina à meia-noite de hoje no Distrito Federal e nos Estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), do Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). À 0 hora do domingo, os moradores devem atrasar o relógio em uma hora. Rondônia, que não adota essa mudança, sofrerá influência principalmente por causa do funcionamento das agências bancárias. Afinal, com o fim do horário de verão, Rondônia volta a ficar apenas uma hora a menos em relação ao horário de Brasília. Criado com a finalidade de economizar energia durante os meses mais quentes do ano, quando os dias são mais longos, a medida foi adotada no Brasil pela primeira vez em 1931. 

 

AGARRADINHOS

Em conversa com esta coluna um antigo filiado do (vá lá!) MDB contou que o deputado Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia e apontado como pré-candidato ao governo, está como unha e carne com Confúcio Moura, o governador, de quem espera declarações de apoio às suas pretensões. A verdade, dizia o histórico do partido onde Raupp é quem dá as cartas, é que o (ainda) governador nunca achou bom o nome do Maurão para disputar sua sucessão. Isso pode não significar muita coisa, especialmente se o "filósofo" caipira acabar estimulando Daniel Pereira, no memento o vice, a disputa a reeleição, repetindo aquela história do Cahulla com Ivo Cassol.

 

DECISÕES

Se as fontes estiverem corretas, o período pós-carnaval deverá ser marcados por decisões importantes na corrida sucessória. Até o ex-senador Expedito Júnior deve anunciar no final da primeira quinzena de março a definição de candidatura: governo ou senado. Todavia, de acordo com outra fonte, Expedito não tem pressa para tomar a decisão final.

 

SEGURANÇA

Certamente no Rio de Janeiro o caos da segurança é de mostrar como o estado está falido. Mas não é só o Rio que sofre com a decadência da segurança pública. Aqui também, em Rondônia, e certamente em praticamente todos os estados a situação está muito próxima da calamidade pública. No Rio, como aconteceu ontem, o governo federal decidiu pela intervenção.

O governo federal demorou a tomar a decisão, e tomou o caminho errado. Essa atitude do governo federal poderá se repetir brevemente em estados onde ocorreram rebeliões e massacres no sistema penitenciário. Tais como Rio Grande do Norte, Amazonas, etc, etc. Aliás, é bom lembrar que Rondônia está inserida nesse contexto.

 

ENGANAÇÃO

Achar que uma intervenção das Forças Armadas vai resolver o problema é querer iludir o povo mais uma vez. Segurança pública requer capacitação, investimento em tecnologia, restabelecimento da autoridade moral nas polícias, além de outros fatores que compõem o conjunto de ações para impedir que numa sociedade desigual, comandada por larápios, uma geração inteira caia no crime. E tem mais: se for criado um Ministério da Segurança para colocar sentado lá gente que participou ativamente da roubalheira, ai a farsa estará consumada.

 

O FIM

Na segunda-feira o Congresso retoma os trabalhos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia marcou para terça o início da votação da Reforma da Previdência, mas reservadamente já considera a reforma como paciente terminal. Ministros insistem no discurso do otimismo, mas só em público. Nos bastidores até os aliados mais aguerridos reconhecem que a reforma já era. O governo não tem nem perto dos 308 votos necessários para a aprovação. A única dúvida é quem comunicará oficialmente o "falecimento" e em que dia acontecerá o anúncio. O núcleo do Palácio do Planalto trabalha no momento é na estratégia para tentar mascarar a derrota de Temer.

 

DIFÍCIL

A edição do decreto de intervenção na segurança pública do Rio deve ser usada (já que enquanto ela durar não se poderá votar a Reforma) para escamotear a derrota do Planalto, dando ao governo federal um novo discurso para tentar reduzir seu índice de falta de credibilidade. Para isso Temer teria de conseguir uma redução extraordinária na ação do crime organizado carioca.

Como isso é apenas uma quimera, Temer poderá terminar seu governo com dupla derrota e, assim, ficar inviabilizado por todo tempo para a vida pública.

 

QUEDA

O carnaval de 2018 foi o menos violento dos últimos quatro anos. Talvez porque, com a expansão da festa nas capitais e em outras cidades, as pessoas tenham deixado de viajar, como faziam anteriormente, quando a gasolina não estava com os preços nas alturas como agora. Menor circulação nas rodovias indica menos possibilidades de acidentes.

 

SINAL FECHADO

Os dois senadores rondonienses auto-escalados para disputar as urnas desse ano terão imensas dificuldades. Tanto Acir Gurgacz, que pretende disputar o governo, como Valdir Raupp (interessado em se reeleger) são reconhecidamente ligados aos interesses do governo Temer. As dificuldades devem ser maiores para Valdir que inegavelmente é o grande cacique do (vá lá) MDB rondoniense. Mas é claro que a importância política de Acir Gurgacz, cacique do PDT, também sofrerá uma desidratação maior com o anúncio de que seu processo junto A STF deve avançar nos próximos dias. A raiva do povo com políticos negocistas e oportunistas será mais funda do que o suposto pelos caciques locais.

 

TRAVADO

Empresário do ramo imobiliário confessou para a coluna que a economia rondoniense já está travada à espera do sucessor do governo do (P)MDB. A ideia de que o governo Confúcio não tem mais força para negociar acordos ou fazer qualquer coisa relevante é cada vez mais disseminada nos meios político e econômico do estado. Diante das incertezas persistentes da campanha eleitoral estão adiadas as decisões de investimentos e negócios da iniciativa privada.

 

EMPREGO

Num release enviado pela prefeitura da capital, anuncia-se a abertura do projeto geração de empregos na segunda-feira, dia 19. Bem, li com atenção e acabei concluindo que os idealizadores do tal projeto objetivam na verdade apenas a capacitação profissional gratuita de "vulneráveis sociais". Ora, pensei cá com os meus botões: antigamente gerar empregos dependia principalmente de dinamizar as atividades econômicas (indústria e comércio) e não simplesmente o esforço para ensinar alguém a ser padeiro ou costureira. Quem dá emprego (e não bico) é a indústria e o comércio. Gostaria muito mais de ver qual o plano existente na prefeitura para atrair esses investimentos, para dinamizar as atividades empresariais.

 
EM LINHAS GERAIS (GESSI TABORDA)