Sozinho entre ruínas: Vídeo mostra últimos momentos do líder do Hamas
Nas imagens, é possível ver Yahya Sinwar sozinho em um prédio em ruínas na Faixa de Gaza, sentado num sofá, com a cara e a cabeça tapadas e coberto de pó
As Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram, na noite de quinta-feira (17), imagens de um drone que mostram os últimos momentos de Yahya Sinwar, líder do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro, que foi morto pelo Exército israelense em Rafah.
Nas imagens, disponíveis na galeria acima, é possível ver Sinwar sozinho em um prédio em ruínas na Faixa de Gaza, sentado num sofá, com a cara e a cabeça tapadas e coberto de pó. Apesar de aparentar ter um braço gravemente ferido, o líder do Hamas ainda tentou atirar um pau contra um drone para se proteger.
Quando compartilhou as imagens, o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, explicou que "Sinwar fugiu sozinho para um dos edifícios" e os militares decidiram "usar um drone para analisar a área".
"Sinwar, que foi ferido na mão por tiros, pode ser visto aqui com o rosto coberto, nos seus últimos momentos, atirando um pau contra o drone", disse, citado pela imprensa israelense.
Na quinta-feira, Israel confirmou que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro em Israel, que era o homem mais procurado do grupo islâmico na ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Sinwar teria planeado cuidadosamente os ataques de 7 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Nascido num campo de refugiados em Khan Yunis, cidade no sul de Gaza, Sinwar foi eleito líder do Hamas em Gaza em 2017, depois de estabelecer a reputação de inimigo ferrenho de Israel e no último 6 de agosto - após o assassinato em Teerão do então chefe do gabinete político, Ismail Haniyeh - foi escolhido para ocupar a posição mais elevada no organograma do grupo.
Sinwar representava a linha mais dura e beligerante do grupo e é considerado por Israel o mentor dos ataques de 7 de outubro contra o território israelense, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e outras 250 foram sequestradas, o que o tornou no homem mais procurado por Israel.