STF quebra sigilo bancário e fiscal de dois funcionários de Eduardo Bolsonaro por ameaças a ministros
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a quebra de sigilo de Edson Pires Salomão e Wellington de Moura, funcionários do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que estão sendo investigados em inquérito sobre ameaças aos juízes da corte.
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Segundo a revista Época, nesta sexta-feira (6), Edson Pires Salomão é assessor direto do filho de Jair Bolsonaro e foi alvo de busca e apreensão em sua casa em ação da Polícia Federal no mês de dezembro, quando foram apreendidos computadores. Wellington trabalharia diretamente com ele.
Salomão é líder do Movimento Conservador, criado em 2016 e ligado a Eduardo e ao deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), que propaga ideias como a liberação do porte de arma e a defesa de valores “cristãos” pelo Estado.
O grupo, que tem mais de 2 mil membros e escritórios em oito estados, ainda opera a máquina para destruir reputações nas redes sociais, como parte da milícia virtual bolsonarista.
Em depoiimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que o Movimento Conservador está ligado ao chamado “gabinete do ódio”, comandado por Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro e que funcionaria como quartel-general da produção de conteúdo contra aqueles que consideram “inimigos” do pai, Jair.