Sucessão na Mesa da Assembleia movimenta bastidores em Rondônia

24 de outubro de 2018 580

Mesmo assim, questão só deverá ser definida após festas de fim de ano; e ainda, Senado sai em defesa de Gurgacz

 

Próximo passo

Tão acabe essa xaropada de eleições 2018, e toda essa polarização tola, o brasileiro vai acordar para a dura realidade, a do desemprego, das contas para pagar no fim e no começo do ano novo e claro, a expectativa das tão sonhadas mudanças. E aqui em Rondônia, ao menos no legislativo, o maior debate é sobre quem será o próximo presidente da Casa. O deputado Lebrão, que afirma ter um grupo de 14 deputados com ele, porém, essa informação não é consistente, já que em conversa com vários parlamentares, eles garantem que “não tem nada definido”.

Em busca de espaço

Os deputados novatos querem fazer parte da nova Mesa, e quem sabe até mesmo comandar. Lebrão tem a simpatia apenas de alguns veteranos, mas “nada fechado”. Entre os novatos, é consenso que seja escolhido um “nome sem rejeição” e a alternativa, por enquanto, seria Alex Redano, que já foi presidente da Câmara de Vereadores em Ariquemes. Nomes que também estão no jogo são os de Jean de Oliveira e Laerte Gomes.

Liderança

Laerte, que tem experiência de sobra, é tido como favorito para seguir como líder do governo, seja quem for, afinal, consegue como poucos transitar entre todas as “tribos”. Jean, apesar de ser deputado desde 2011, mas já havia sido vereador em Porto Velho, não chega nem perto de ser consenso para a presidência, mas tem grandes chances de fazer parte da nova Mesa.

Correndo por fora

Está Marcelo Cruz, recém eleito, que vem do segmento evangélico e é bem articulado, mas nos corredores acreditam que ele “ainda é muito novo” para assumir o comando da Casa. De qualquer forma, a eleição da nova Mesa está longe de uma definição. Os eleitos preferem aguardar um pouco mais para resolver essa questão, mas essa promete ser a nova pauta a ser discutida a partir da próxima segunda-feira, quando o segundo turno tiver sido encerrado.

Contra-ataque

O Senado partiu na defesa de Acir Gurgacz nesta terça-feira. O presidente da Casa, Eunício Oliveira afirmou que vai consultar o jurídico do Senado e se der, pretende levar o caso a plenário para decidir se revoga ou não a prisão. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) fez um discurso em defesa de Gurgacz de pouco mais de 23 minutos, onde ela falou sobre o caso e encontrou eco em seus pares, como Roberto Requião, Humberto Costa, Jorge Viana e até de Gleisi Hoffmann.

Enquanto isso

O senador Reditário Cassol (PP-RO) voltou a fazer duras críticas a lentidão da Casa em votar temas importantes para o Brasil, entre eles o projeto de sua autoria que altera a legislação penal e propõe a criação de postos de trabalho dentro dos presídios brasileiros, além  da revogação de vários benefícios aos criminosos.  O parlamentar lamentou que a medida ainda não tenha seguido adiante e declarou que, ao invés disso, “o Estado criou mordomias para os detentos”. De acordo com Reditário, uma das ideias do PLS 542/2011, que foi apresentado há 7 anos, é que cada dia trabalhado signifique um dia a menos do total da pena. O senador informou que enviou ofício ao presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) pedindo que o projeto seja remetido da Comissão de Constituição e Justiça diretamente para a análise do plenário.  Reditário alertou que falta ordem e cobrou mais atenção por parte da Mesa Diretora do Senado. O senador citou a ampla renovação do Senado nas últimas eleições como prova de que o eleitor está insatisfeito com o andamento dos trabalhos do parlamento. “São leis que favorecem a malandragem, enquanto que os trabalhadores ficam para trás, muitas vezes sem direito algum. Temos que votar o que a população nos cobra. É para isso que estamos aqui”, criticou.

Assunto do dia

João Dória no bacanal. Um vídeo que circula por todo o país mostra um homem confortavelmente deitado em uma suíte cercado de cinco mulheres nuas, com taças de champanhe e ele peladão. Quem espalhou jura que é o prefeito de São paulo, João Dória (PSDB) e que está disputando o segundo turno ao governo. Dória negou que fosse ele, taxou de “fakenews”, fez um vídeo com a esposa ao lado com cara de choro e disse que vai processar geral, depois que sair o resultado da perícia que segundo ele está sendo feita pela Polícia Federal. O caso, evidente, viralizou nas redes sociais e foi o trend topics do Twitter mundial durante toda a tarde. A equipe ainda não avaliou se o vídeo fez bem ou mal para a campanha, mas as imagens já ganharam o mundo e foram parar até, em Ouro Preto do Oeste.

Suposto Dória na suruba

Estudo liga 12% das mortes por câncer de mama à falta de atividade

O Ministério da Saúde apresentou no último dia 19, um estudo inédito no País que indica que uma em cada dez mortes de mulheres por câncer de mama poderia ser evitada pela prática regular de atividade física (150 minutos por semana). A pesquisa ainda liga outros hábitos à ampliação do risco, como o uso abusivo de álcool e dietas com excesso de açúcar. Os dados foram divulgados no artigo científico Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990-2015), publicado online pela revista Nature. O levantamento de informações teve apoio do governo brasileiro e concluiu que 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas, apenas no ano de 2015, se as pacientes realizassem ao menos uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. Conforme o estudo, com apoio do Instituto de Métricas de Washington (EUA) e recursos da Fundação Bill & Melinda Gates, a atividade física diminui o estradiol e aumenta a globulina de ligação. Nesse processo, há redução de situações inflamatórias. “Atividade consome hormônios que sobrecarregam as glândulas mamárias”, explica Fatima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Ela é uma das autoras, ao lado de Diego Augusto Santos Silva, Mark Stephen Tremblay, Maximiliano Ribeiro Guerra, Meghan Mooney, Mohsen Naghavi e Deborah Carvalho Malta. O problema é maior nas principais capitais e afeta duas em cada três mulheres. Ali, 13,9% delas admitem ser totalmente sedentárias, segundo a pesquisa governamental Vigitel 2017. E 51,3% praticam atividade física insuficiente – ou seja, não alcançam os 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de atividades de intensidade vigorosa. Estados brasileiros com melhores indicadores socioeconômicos apresentaram as maiores taxas de óbitos de câncer de mama atribuível à inatividade física – pela ordem, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O trabalho ainda indica que outros 6,5% de mortes poderiam ser evitados com controle de peso, dieta reduzida em açúcares e controle do consumo de álcool.

PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .