Suspeito de corrupção no Panama Papers, líder golpista boliviano diz ter sido instruído por Ernesto Araújo

Presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz e líder do movimento golpista que tenta derrubar Evo Morales da presidência na Bolívia, o empresário, advogado e professor universitário Luis Fernando Camacho aparece na lista do caso que ficou conhecido como Panamá Papers como intermediáro e dono de empresas offshore que seria usadas para lavagem de dinheiro de origem duvidosa, especialmente em casos de corrupção.
No Brasil, os arquivos do caso Panamá Papers revelaram offshores ligadas a empresas de comunicação, como a rede Globo e a editora Abril, além de centenas de personagens relacionados ao mundo político. Em 2 de maio, Camacho compartilhou uma foto no Itamaraty, em Brasília, ao lado do chanceler Ernesto Araújo e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Na publicação, Camacho ressalta que recebeu instruções de Araújo sobre como agir diante da Constituição boliviana, que permite reeleições sucessivas no país e que teve o compromisso “governamental” do Brasil sobre a questão.
“Conseguimos o compromisso pessoal e governamental do chanceler Ernesto Fraga Araújo de elevar como estado brasileiro e garante da cpe a encomenda de interpretação da convenção sobre a reeleição indefinida para a cidh. O Chanceler instruiu de forma imediata e na mesma reunião que se realize a consulta”, relatou.
Mossack Fonseca
Camacho, segundo informações do Correo Del Sur, intermediou a criação de três empresas offshore Medis Overseas Corp., Navi International Holding y Positive Real Estates, sendo dono das duas últimas.