Tempo de transmissão da Ômicron é maior do que autoridades acreditam, diz estudo

20 de janeiro de 2022 627

Um estudo científico preliminar, ainda sem revisão dos pares, feito pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão indica que o pico de transmissão da variante Ômicron a partir de pessoas infectadas é maior do que supõe.

Cientistas diziam que a maior probabilidade de transmitir o vírus acontece nas primeiras 48 horas após a infecção, ainda antes do início dos sintomas. Porém, a pesquisa divulgada pela revista científica BMJ indica que a maior probabilidade de transmitir o coronavírus é entre o terceiro e o sexto dia após a infecção ou do início dos sintomas.

Os dados podem colocar em xeque recomendações de autoridades sanitárias em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde propõe isolamento de cinco dias para assintomáticos com teste negativo e entre sete e dez dias para pessoas com sintomas.

Na Inglaterra, o governo baixou o período de isolamento de dez para sete dias com teste negativo a partir do sexto dia da infecção. O mesmo ocorreu na Escócia, Gales e Irlanda do Norte.

O estudo avaliou dados coletados de 83 amostras de 21 pessoas, sendo 19 vacinados. Entre os observados, 17 apresentaram sintomas leves e quatro estavam assintomáticos. Foi possível observar que a quantidade de RNA viral foi maior entre três e seis dias do diagnóstico positivo ou início dos sintomas.

 

Fonte: ISTOÉ/Filipe Prado