Trump critica Hillary após comentários sobre suposto abuso sexual
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que Hillary Clinton é a "pior perdedora de todos os tempos", após sua rival democrata nas eleições de 2016 o acusar de não aceitar nenhuma responsabilidade pelas acusações de abuso sexual feitas por várias mulheres.
"A desonesta Hillary Clinton é a pior (e a maior) perdedora de todos os tempos. Ela simplesmente não pode parar, o que é tão bom para o Partido Republicano. Hillary, siga com sua vida e tente de novo daqui a três anos" (a candidatura à presidência), afirmou Trump em sua conta no Twitter.
O republicano já expressou em outras ocasiões seu desejo de que Hillary concorra com ele nas próximas eleições presidenciais americanas, embora a ex-secretária de Estado já tenha afirmado que sua carreira "como política ativa" chegou ao fim.
A resposta de Trump aconteceu horas depois de a ex-primeira-dama criticar o presidente em relação às acusações de abuso sexual de várias mulheres contra ele.
Hillary se referiu ao caso do senador democrata Al Franken, acusado por uma apresentadora de TV nesta semana de "beijá-la à força" e tocar seus seios enquanto dormia, uma revelação pela qual o legislador se desculpou e pediu uma investigação no Comitê de Ética do Senado.
Em entrevista à emissora de rádio "WABC" em Nova York, Hillary ressaltou nesta sexta-feira o fato de Franken ter aceitado uma "prestação de contas".
"Eu não escuto isso de Roy Moore (candidato republicano ao Senado pelo Alabama também acusado de assédio) ou Donald Trump. Olhe o contraste entre Al Franken, aceitando responsabilidade, se desculpando, e Roy Moore e Donald Trump, que não fizeram nada disso".
A Casa Branca afirmou no mês passado que todas as mulheres que acusaram Trump de assédio estão mentindo e que essa é a posição oficial sobre o assunto.
Durante a campanha eleitoral de 2016, várias mulheres afirmaram que o então candidato presidencial republicano tinha abusado sexualmente delas, algo que ele negou reiteradamente.
Apesar de Trump ter recebido críticas do próprio partido republicano, as acusações não impediram sua vitória nas eleições de 8 de novembro de 2016.