UE decide sancionar Venezuela e impor embargo de armas

9 de novembro de 2017 668

Os países da União Europeia (UE) decidiram nesta quarta-feira sancionar a Venezuela pela repressão no país, incluindo um embargo de armas e a possibilidade de impor medidas restritivas seletivas contra os responsáveis.

Os ministros de Relações Exteriores comunitários esperam dar sinal verde em seu conselho de segunda-feira a este acordo, alcançado hoje unanimemente pelos embaixadores dos 28 países do bloco, confirmaram à Agência Efe fontes comunitárias.

Concretamente, as sanções propostas consistem em um embargo de armas e em um veto às exportações de equipamentos que possam ser utilizados "para a repressão interna" ou para "vigiar" as comunicações eletrônicas.

Além disso, incluem a "base legal" para que a UE defina uma lista de pessoas que considere responsáveis pela situação no país, as quais serão proibidas de viajar para território comunitário e congelará os bens que possam ter na União, "se a evolução da situação o requerer".

O acordo foi rubricado hoje pelo Comitê de Representantes Permanentes (Coreper) da UE, no qual estão representados todos os Estados-membros através de seus embaixadores.

Este corpo remeterá os documentos legais para esta decisão aos ministros, que se espera que os adotem na segunda-feira em sua reunião, como um ponto sem debate na sua agenda.

Estas sanções serão gradativas, seletivas, flexíveis e reversíveis, ressaltaram as fontes, que insistiram que não estão concebidas para afetar a população venezuelana em geral.

Seu objetivo é, segundo disseram, impulsionar um processo crível e significativo que possa dirigir a uma solução pacífica negociada no país.

Além disso, as fontes anteciparam que os ministros comunitários esperam também adotar novas conclusões sobre a Venezuela na segunda-feira.

Nelas, está previsto que o Conselho reafirme que um diálogo construtivo e a negociação são a única via sustentável para fazer frente à atual crise e responder às necessidades prementes do povo venezuelano.

Em outubro, os países da UE já tinham chegado a um acordo político para preparar sanções seletivas contra personalidades venezuelanas consideradas responsáveis pela "repressão" nesse país.