Vereadores de Chupinguaia abrem mão do auxílio-alimentação, expectativa em Porto Velho é para a chegada da vacina, por que Rondônia não investe em usinas de oxigênio medicinal?
Vereadores – Na sessão realizada na manhã de hoje (15) vereadores de Chupinguaia, município do interior de Rondônia suspenderam o auxílio-alimentação, de R$ 600. O auxílio, que também vale para os demais servidores, está suspenso por um ano, apenas para os vereadores. É importante explicar, que o auxílio foi aprovado pelos vereadores da legislatura anterior, em 2019, com vigou a partir deste ano, mas os atuais deram uma de “migué” e, não fosse a pressão ferrenha da população nas redes sociais tudo teria ficado o dito pelo não dito. O legislador municipal tem que se conscientizar, que vereador não é profissão e salário em torno de R$ 5 mil para se reunir uma vez por semana está, muito além da maioria do trabalhador comum, que ganha o salário mínimo, ou pouco mais. Esse sim, precisa do auxílio-alimentação. A aprovação da suspensão foi por unanimidade e entrou em pauta graças a ação do presidente, Toninho Bertozzi (MDB).
Vacinas – O prefeito-reeleito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) anunciou na última semana a compra de 400 mil vacinas AstraZenica, que virão do Reino Unido com previsão de chegada à capital dentro de no máximo 30 dias. Segundo Hildon, uma semana, após a chegada as doses serão aplicadas. A meta é vacinar 200 mil pessoas em dez dias. Não há dúvida, que a notícia é das mais impactantes, positivas, inclusive, Chaves fez questão de apresentar documento oficializando a compra. Segundo o IBGE, estimativa de 2020, Porto Velho tem cerca de 540 mil habitantes. As vacinas adquiridas pelo município, mais os lotes enviados pelo Ministério da Saúde serão suficientes para atender a demanda da capital. Segundo informações, a compra cada compra de 100 mil vacinas, 10 mil virão de bonificação. Ou seja, Porto Velho receberá 440 mil doses de vacinas. Que assim seja...
Oxigênio – Preocupante o anúncio em redes sociais na última semana, do secretário de Estado de Saúde, Fernando Máximo, que Rondônia não teria condições de atender a demanda de oxigênio necessário na rede pública, no caso os municípios na luta contra o coronavírus. No dia 15 de janeiro último, quando Manaus enfrentava forte crise na saúde com o avanço do coronavírus em contaminação e óbitos, e falta de oxigênio para poder atender a demanda foi secretário descartada em matéria produzida pela Secretária de Comunicação do governo do Estado: “nós perguntamos as empresas e ela nos relataram que não há perspectiva de falta de oxigênio em Rondônia, até com uma reserva para que possa aumentar o número de leito”, garantiu Máximo.
Impotência – Com a crise agravada e diariamente o Estado apresentando índices elevados de contaminações e óbitos (dezenas/dia) o tom do secretário Fernando Máximo se manteve. Ele garante que não teremos crise no fornecimento do oxigênio. Ótimo, mas por que não investir em usinas próprias? O Hospital do Amor (de Câncer) de Rondônia, em Porto Velho tem duas usinas de oxigênio medicinal para garantir a demanda. Segundo o diretor do hospital, Jean Negreiros, os municípios poderão contar com o apoio da unidade de saúde. A Fundação Pio XII, que administra o hospital irá disponibilizar o excedente da produção de suas usinas com capacidade de produção de 60 metros cúbicos por hora. Implantar uma usina custa pouco mais de R$ 600, segundo recente reportagem do site “Diário da Amazônia” com Negreiros. O custo para manutenção com energia é de R$ 14 mil por ano, segundo o diretor. Porque Estado e municípios de maior porte não investem nas usinas, que garantem vidas é é produto de consumo permanente? A pergunta também se encaixa bem a outros governadores e prefeitos .
Parcerias - O alerta já foi feito em colunas anteriores, mas vale a pena voltar ao tema. O secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, que é médico dedicado e de enorme boa vontade tem que separar a sua profissão com a função de secretário. O trabalho operacional da saúde do Estado é de competência de médicos, assistentes, enfermeiros, pessoal técnico, medicamentos. O Dr. Fernando tem que exercer na plenitude sua função de secretário, que é dar condições para que seus subordinados possam trabalhar com equipamentos, materiais apropriados, medicamentos e recursos humanos suficientes. O empenho tem que ser para a garantia da mobilidade e eficiência do pessoal com trabalho junto ao governo federal, Ministério da Saúde e até da iniciativa privada. O momento precisa de ações e não de lamentos, de quem cuida da saúde pública.
Respigo
Como sempre ocorre aos domingos cai o índice de pessoas contaminadas e de óbitos pelo coronavírus em Rondônia. A média da última semana, que esteve elevada, acima de quatro dezenas de mortes diminuiu no domingo para 21 óbitos e 327 contaminações +++ Quem sofreu enorme pressão neste final de semana foi o prefeito de Ji-Paraná, Isaú Fonseca (MDB). Boa parte da população realizou carreata pelas ruas e avenidas da cidade e um grupo esteve em frente à casa do prefeito, demonstrando indignação com o fechamento do comércio +++ A bronca da população é com a aplicação do lockdown. O protesto foi pacífico e sem incidentes, mas prevaleceram os gritos de “queremos trabalhar” +++ Muitas reclamações sobre as condições de tráfego na BR 364, de Porto Velho a Vilhena com cerca de 700 quilômetros. Os buracos que aumentam a cada dia, mesmo com o período de inverno amazônico (chuvas) chegando ao fim respondem pelo número crescente de acidentes das últimas semanas +++ A 364 foi construída na década de 80 e não tem condições técnicas para suportar o movimento de veículos pesados que transportam soja, café, milho para o porto graneleiro de Porto Velho. A nossa bancada federal (três senadores e oito deputados) deve pressionar o Dnit para que o pavimento seja restaurado e não, apenas os tapa-buracos, que amenizam os problemas, mas não resolvem.
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