Vilhena: polícia desvenda caso de mulher assassinada por rir de amiga e que teve corpo “desovado”
7 de dezembro de 2017
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A equipe da Delegacia de Homicídios de Vilhena (DHV) encerrou esta semana os inquéritos relacionados à tentativa de homicídio contra Adrielly Rodrigues da Silva, de 21 anos; e ao assassinato de Geisiane Cardoso, 32. Ambos os crimes foram registrados no dia 09 de junho deste ano. Um terceiro caso, o assassinato de Dione Cleiton Ribeiro Pessoa, 26, ocorrido dias depois dos crimes contra as mulheres, e que com os quais teria ligação, está em fase de conclusão das investigações.
De acordo com o Delegado Titular da DHV, Núbio Lopes de Oliveira, os envolvidos nos três casos se conheciam, sendo que Geisiane e “Escopeta”, como Dione Cleiton Ribeiro Pessoa era conhecido, teriam inclusive um relacionamento afetivo.
O Delgado explicou que, na manhã do dia 09, o trio e outras pessoas estavam na casa de Geisiane, onde consumiam drogas e Escopeta teria agredido fisicamente a companheira na frente dos demais. “A Geisiane estava nua no momento das agressões e as pessoas que estavam ali, inclusive Adrielly Rodrigues, teriam rido dela”.
Na noite daquele dia, indignada com a humilhação que sofrera mais cedo, Geisiane foi até a casa de Adrielly na rua 1.709 do bairro Jardim Primavera e, com uma faca, a feriu pelas costas. Mesmo ferida, Adrielly fugiu, foi socorrida, recebeu os cuidados necessários e sobreviveu.
Lopes de Oliveira explicou à reportagem do FOLHA DO SUL ONLINE que naquela mesma noite Geisiane foi assassinada com golpes de faca e teve a cabeça esmagada na própria casa, na rua Amapá, Setor 19. O assassino, segundo as investigações, foi Dione Cleiton.
O delegado esclareceu que Clésio Eli de Paulino, conhecido como “Tucano”, que seria namorado de Adrielly, teria contado para Escopeta que foi Geisiane quem a teria atacado, e exigido uma atitude dele.
Escopeta foi até Geisiane, a matou na madrugada do dia 09 para o dia 10, e manteve o corpo na casa até a manhã seguinte quando ligou para Antônio Marcos de Oliveira Pinto para que o ajudasse a desovar o corpo.
De acordo com o delegado, Antônio Marcos disse que não sabia do que se tratava quando Escopeta o chamou. Apenas quando chegou à casa é que notou que não tinha movimento no local costumeiramente agitado, onde as pessoas consumiam drogas. “Ele disse que Escopeta e Tucano saíram de dentro da casa com algo enrolado em tecidos e que teria se recusado a transportar o ‘embrulho’, mas que teria sido ameaçado pela dupla. O corpo foi colocado no bagageiro e Escopeta e Antônio Marcos que o desovaram em um terreno às margens da BR 364”, disse o delegado. Lembre aqui.
O delegado destacou o trabalho realizado pela Polícia Técnica Científica, que recolheu e analisou o sangue encontrado nos tecidos que envolviam o corpo de Geisiane. E que, após localizado o carro de Antônio Marcos, mesmo o veículo já tendo sido lavado, a polícia detectou, através de produtos químicos, vestígios de sangue no bagageiro do veículo. “Eles recolheram também uma amostra do carpete do veículo, fizeram o exame de DNA e comparam com a amostra recolhida junto ao corpo de Geisiane, e deu positiva”, afirmou Lopes Oliveira.
O delegado explicou ainda que todos os sinais são de que Dione Escopeta agiu sozinho para assassinar Geisiane, mas contou com a ajuda de Tucano (que cumpre pena por outro crime) e Antônio Marcos, que foram indiciados por participação em ocultação de cadáver.
De acordo com Lopes Oliveira, as investigações do assassinato de Dione Cleiton já estão em fase de conclusão.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci
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