400 mil seguidores de Bolsonaro no Twitter são robôs

Cerca de 33% dos perfis que seguem o candidato Jair Bolsonaro (PSL) são perfis falsos controlados por computadores. É o que aponta um recente levantamento realizado pelo instituto InternetLab, cujo intuito foi analisar os seguidores dos presidenciáveis no Twitter e descobrir quantos deles são robôs.
Esses robôs (conhecidos como bots) são programados para compartilhar, interagir e fazer volume nos perfis de forma automatizada e podem vir a ser utilizados para influenciar as eleições de outubro deste ano. Ação semelhante aconteceu no pleito que elegeu Donald Trump nos EUA, em 2016.
Alvaro Dias, senador do Podemos, é o candidato com maior percentagem de seguidores robôs: 60% dos seus quase 410 mil seguidores são perfis falsos. Em seguida, aparece Geraldo Alckmin (PSDB), com 45,8% de perfis falsos dentre aqueles que o seguem.
Marina Silva (Rede), tem 36% de seguidores falsos; Jair Bolsonaro (PSL), 34%; Ciro Gomes (PDT), 32%; Lula (PT), 22%; João Amoedo (Novo) 21%. O candidato com menor percentagem de seguidores falsos é Guilherme Boulos (PSOL), com 14%.
Na média, 37,4% dos perfis que seguem os candidatos à presidência no Twitter são robôs. É comum que perfis falsos sigam políticos em razão da sua popularidade, pois os robôs são programados para que seu comportamento se pareça com o de usuários comuns.
Porém, números elevados de seguidores robôs podem indicar a compra de bots com o objetivo de inflar artificialmente a reputação do respectivo candidato nas redes sociais. A prática é vedada tanto pelo Twitter quanto pela lei. A legislação eleitoral também veda uso de ferramentas para impulsionar publicações que não aquelas oferecidas pelas próprias redes sociais.