Campanha chega à reta final na Venezuela com Maduro atrás em pesquisas

23 de julho de 2024 40

Faltando apenas uma semana para as eleições presidenciais na Venezuela, os maiores institutos de pesquisas eleitorais que atuam no país apontam que, se houver amplo comparecimento da população, a oposição ao atual presidente, Nicolás Maduro, tem grandes chances de sair vitoriosa. O candidato que ameaça a permanência de Maduro, no poder há 11 anos, é o diplomata Edmundo Gonzáles.

As perspectivas de vitória da oposição elevam a tensão em um país que não tem eleições livres há algum tempo. Recentemente, durante um comício, Maduro disse que o país pode enfrentar um cenário de “banho de sangue” e “guerra civil” caso ele não seja reeleito no pleito marcado para 28 de julho.

Os intitutos Datincorp, Delphos e Meganálisis apontam que González tem aproximadamente 60% da preferência, enquanto Nicolás Maduro teria de 25% a 28% das intenções de voto.

Os números também mostram que cerca de 70% da população pretende comparecer às urnas; um número alto para um país onde o voto não é obrigatório.

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Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas

Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas

Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas

Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas

Posição de Lula

Em meio a uma reta final de campanha em um clima cada vez mais tenso, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, na segunda-feira (22/7), que Nicolás Maduro respeite o processo democrático, assim como o resultado da eleição que ocorrerá domingo (28/7).

Lula, em entrevista a agências internacionais, também disse que ficou chocado com a fala de Maduro sobre o “banho de sangue” que a Venezuela sofreria.

“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora. Eu estou torcendo que aconteça isso para o bem da Venezuela, para o bem da América do Sul”, disse Lula.

Celso Amorim, assessor internacional do governo, será enviado para acompanhar a eleição na Venezuela, assim como a Justiça Eleitoral brasileira também mandará observadores. O presidente Lula ainda afirmou que conversará com o Legislativo para que o Poder também envie observadores à Venezuela.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo… Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, afirmou o presidente brasileiro.

Fonte: LUANA VIANA