Candidata à presidência da OAB diz que “pode declarar suspeição e deixar vice atuar”, mas quem vota em vice?

13 de novembro de 2018 490

Suspeição

Na semana passada durante uma entrevista da candidata à presidência da OAB/RO Mara Lima, ela foi questionada sobre como seria sua atuação em questões envolvendo o Ministério Público do Estado. Mara, que é casada com um promotor (e isso não é referência, apenas uma observação) afirmou que “se daria por impedida, como já fez no passado”. É uma resposta eloquente, mas não a adequada. A suspeição de um magistrado em uma ação, por exemplo, é “de foro íntimo”, e a maioria (não todos) os juízes, para evitar questionamentos ou mesmo a nulidade processual, prefere se dar por impedido em processos envolvendo conhecidos ou interesses comuns a uma das partes. No caso da OAB é diferente, não se trata de “mera suspeição”, se trata de representar uma classe que sofre diariamente ataques às suas prerrogativas e Mara sabe bem disso.

Ordem acima de tudo

O mais coerente seria ela ter dito que “brigaria com Ministério Público, Tribunal de justiça, ou seja lá quem for, independente de relações”. É isso que a advocacia espera, de alguém que possa entrar na briga. Nada contra o vice de Mara, mas as pessoas não elegem vice, eles vem junto. Pergunta se os brasileiros elegeriam o Mourão presidente no lugar de Bolsonaro, se alguém elegeria Edgar do Boi no lugar de Hildon Chaves. É totalmente diferente de uma situação envolvendo um magistrado em um processo. Juízes, em tese, são todos iguais, já os presidentes de instituições são personalíssimos. Essa é minha modesta opinião sobre esse assunto. 

E agora?

O novo governo de Jair Bolsonaro apresentou um dilema aos brasileiros, manutenção dos direitos trabalhistas e menos empregos, ou mais empregos e menos direitos. Em momentos de crise, óbvio que a geração de novos postos de trabalho é mais importante. O problema é que estamos em um país com desigualdades profundas, e nunca os sindicatos foram tão necessários, porém, nunca estiveram tão fragilizados. E isso, em grande parte por culpa de seus dirigentes. Os sindicatos e algumas associações no Brasil são suntuosos e mantiveram (e mantém) por décadas estruturas burocráticas, inchadas e por vezes luxuosas, e agora pagam o preço.

Gastanças

No Brasil tanto sindicatos quanto órgãos públicos gostam de ostentar. Ao mesmo tempo que prédios públicos são construídos com materiais “de primeira linha”, sedes de sindicatos e associações seguiam o mesmo caminho. Na França, por exemplo, país cujos direitos trabalhistas inspiraram os constituintes brasileiros, os sindicatos operam em salas alugadas, às vezes em regiões nem tão valorizadas. Em contrapartida, os sindicatos brasileiros constroem sedes suntuosas em locais supervalorizados e com direito até a sedes campestres. Tudo isso com dinheiro dos filiados. E como as contribuições eram obrigatórias (e não são mais), a fonte secou. Sindicatos e associações terão que se reinventar, enxugar e começar a reconquistar filiados através de ações positivas. 

Prédio novo

Falando em prédios públicos, o presidente da Assembleia Legislativa pretende inaugurar a nova sede da Casa de Leis agora em dezembro, “já está tudo pronto, só faltam uns pequenos ajustes e acredito que no próximo mês conseguimos mudar”, disse Maurão à PAINEL POLÍTICO. 

Na linha

Ainda em conversa com PAINEL POLÍTICO, Maurão, que disputou a eleição ao governo pelo MDB e como presidente do Legislativo conhece bem a realidade orçamentária do Estado, alertou para os cuidados que o novo governador terá que ter em relação ao caixa. Segundo Maurão, o Estado está operando no limite, e ele aproveitou para elogiar a atuação de Daniel Pereira, “o governador está fazendo um grande trabalho nesses meses à frente do governo, enfrentando situações complicadas, como a dívida do Beron, transposição e as dívidas de Caerd e Ceron. Eu mesmo estive com ele em Brasília em algumas destas discussões, e a coisa é bem complicada”, lembrou Maurão.

Vai dar xabú

A filha de um deputado de Rondônia está sendo investigada pela Polícia Federal por falsificação de documento,  falsificação de documentos públicos e exercício ilegal da profissão. De acordo com o inquérito, ela exerce há tempos, profissão de dentista, sem nunca ter se formado. O Conselho Regional de Odontologia foi acionado e por sua vez repassou para a Polícia Federal a denúncia. Já foram ouvidos no caso o ex-governador Confúcio Moura e o ex-secretário de Estado de Saúde. 

Som alto e fones de ouvido podem provocar a fadiga auditiva

Aumentar o som libera neurotransmissores de prazer, mas também pode trazer riscos. Um desses problemas é a fadiga auditiva, uma sensação de ficar com o ouvido cheio, um zumbido, uma sensação de pressão no ouvido. Dependendo do tempo de exposição ao barulho, as células auditivas podem até morrer. A cóclea, parte interna do ouvido, tem entre 15 mil e 18 mil células ciliadas, que têm a função de transformar as ondas sonoras que chegam do ambiente ao ouvido em ondas elétricas e carregam informações para o cérebro. Um som alto causa lesões nas células ciliadas, que têm a missão de proteger o ouvido. Para se regenerar, o aparelho auditivo precisaria de 14 horas de descanso. Mas com a agressão constante, a lesão passageira vira um problema permanente. Para compensar a perda auditiva, células vizinhas passam a trabalhar em ritmo acelerado e isso provoca uma sobrecarga no cérebro. E como proteger os ouvidos? Evite ficar ao lado da caixa de som; Não ouça música num volume alto; Use fone de ouvido sem som ligado para minimizar o ruído externo em alguns ambientes, como shows, estádios; Em lugares com música ao vivo, fique mais distante da banda.

 
PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .