Cinco empregadores do Tocantins entram na nova “Lista Suja” do trabalho escravo

11 de abril de 2025 38

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, nesta quarta-feira (9), uma nova atualização do Cadastro de Empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão — documento conhecido como “Lista Suja”. Na atualização mais recente, 155 nomes foram incluídos em todo o país, sendo cinco deles do Tocantins.

A lista é uma das principais ferramentas de combate ao trabalho escravo no Brasil. A inclusão dos nomes ocorre após a conclusão de processos administrativos que comprovam a ocorrência de práticas como condições degradantes, jornada exaustiva, trabalho forçado, servidão por dívida ou restrição de liberdade dos trabalhadores.

Confira os empregadores do Tocantins que passaram a integrar o cadastro:

• RC Distribuidora Ltda (CNPJ: 28.414.673/0001-07)

Local: Fazenda Sagrada Família, Zona Rural de Centenário

Trabalhadores resgatados: 7

Inclusão: 28/03/2024 | Registro válido até 07/10/2024

• Pacheco Engenharia e Construções Ltda (CNPJ: 34.577.910/0001-53)

Local: Fazenda Novo Lar, Zona Rural de Araguaçu

Trabalhadores resgatados: 23

Inclusão: 28/03/2024 | Registro válido até 07/10/2024

• Império Verde Indústria e Empreendimentos Ltda (CNPJ: 24.750.691/0002-90)

Local: Fazenda Prata, Zona Rural de Darcinópolis

Trabalhador resgatado: 1

Inclusão: 16/06/2023 | Registro válido até 05/04/2024

• Eduardo Lopes Pereira (CPF encerrado em 147.811-74)

Local: Fazenda Duas Marias I, Zona Rural de Rio Sono

Trabalhadores resgatados: 7

Inclusão: 25/10/2024 | Registro válido até 09/04/2025

• Alysson Fiuza Alves (CPF encerrado em 539.976-71)

Local: Fazenda Esperança, Rodovia TO-080, Zona Rural de Paraíso do Tocantins

Trabalhadores resgatados: 2

Inclusão: 06/04/2023 | Registro válido até 05/10/2023

Com a inclusão no cadastro, os empregadores ficam sujeitos a sanções como restrições ao acesso a crédito em instituições financeiras e possível rompimento de contratos com empresas públicas e privadas que seguem critérios de responsabilidade socioambiental.

Fonte: Terezinha Moreira