CONSIDERAÇÕES SOBRE CACHORROS

23 de novembro de 2017 826

Passou, há muitos anos, nas salas de cinema, filme, intitulado: “ O Mundo Cão”, onde se desenrolavam atos asquerosos e cruéis.

O realizador deveria ter chamado à “ fita”: “ O Mundo Homem”, porque só este e nunca o cachorro, executaria tais cenas.

Dizia Pitágoras, que os animais tinham alma. Que me desculpe o matemático de discordar. Não tem alma, mas sentimentos: choram, amam, sofrem e são leais – se forem mentalmente sadios, – ao dono e a todos, que, com eles, convivem diariamente.

Embora haja dúvidas, se o cão sente remorsos, certo é, que têm arrependimento: ora, humilhando-se, aproximando-se, de cabeça baixa e cauda caída.

Tive cachorro rafeiro, a pedido de minha filha, quando era pequena. Certa vez ralhei-lhe, seriamente, por ter roubado pedaço de queijo. Tentou morder-me.

Ao ver-me irritado, fugiu. Momentos depois, aproximou-se, submisso, parecendo ter remorsos pela atitude repentina

A amizade que nutrem por aqueles que, com eles vivem, é enternecedor.

Ao saírem, em passeio, com a família ou amigos dos donos, olham frequentemente para trás, para se certificarem se alguém se perdeu. É instinto de matilha – bem sei, – mas comove a dedicação.

Têm, em regra, a tendência de quererem dormir na cama, junto aos donos. O desejo reflete o afeto por aqueles que consideram ser seus protetores.

É o amor filial, que existe na criança, que ao acordar, pede para se deitar na cama da mãe.

O cão (mesmo adulto) não passa – como alguns humanos, – de criança. Sente especial prazer, estar junto ao corpo do dono, como a criança procura o da mãe.

É animal que gosta de conviver e dormir em companhia. Se é escorraçado da matilha, sente-se triste e desamparado.

Para ele, os humanos com quem vive, é a “ matilha”. Compete-lhe proteger e ajudar a defende-la, como se vivesse na vida selvagem.

Quando é abandonado, sofre imenso já que o sentimento de gratidão está muito desenvolvido.

Não existem cachorros maus. O lobo, domesticado, em bebé, torna-se dócil, tal qual, como cão meigo; o que há, é caninos mal-educados.

Os cães – como fazem as crianças, aos progenitores, – tendem a copiar virtudes e defeitos dos donos. Se estes são agressivos, por certo, o cachorro é briguento.

Para concluir: quem não pode, por motivo económico, de espaço ou porque quer gozar plena liberdade, melhor é não ter a companhia de animal.

Mas, se adquiriu um, deve cuidar com respeito e muito amor.

Os animais não são filhos de Deus, mas criaturas criadas por Ele. Compete, a nós, cuidar do mesmo jeito, como sentimos a obrigação de proteger o nosso semelhante.

NOÇÕES DE POLITICA - HUMBERTO PINHO DA SILVA