CUIDADO COM OS BONS CASAMENTOS
Por certo o leitor, mormente o mais atento, já verificou, que as minhas crónicas, em geral, são informativas e formativas.
Pelo menos é esse o meu cuidado.
Vem o intróito, para falar de casamento ou melhor: de noivado.
Os que se preparam para o matrimónio, pensam em tudo ou quase tudo, mas esquecem-se, em norma, a administração financeira do futuro casal.
Conheci jovem, que antes do enlace, em pleno namoro, informou-se da situação económica da moça, e da família.
Cuidou saber os rendimentos da namorada; rondou a casa paterna, e os bens da família.
Obteve indicações preciosas: viviam numa bela casa, com jardim; o pai era industrial; a namorada, como professora, conseguia bom ordenado em colégio internacional.
Olvidou o principal: como administrava o dinheiro. Esqueceu-se: se ela comprava tudo a prestações; se “estourava”o cartão de crédito; e pior ainda: se tinha dividas…
Uma vez casados, assentaram, cada um, manter conta bancária, separada: Ele pagaria: aluguer, electricidade, telefone, água e outras miudezas. Ela, trataria das despesas caseiras: alimentação, artigos de higiene, etc.…etc…
O acordo foi respeitado, até que um dia, ela lhe pediu dinheiro emprestado, porque o que tinha, não lhe chegaria até ao fim do mês…
Habituada a intensa vida social, em solteira, começou a comprar vestidos e cosméticos, a crédito. As contas chegavam…era ele que as suportava. Até que lhe disse agastado:
- Não podemos continuar assim…Em breve caminharemos para a ruína…
Ao que ela retrucou:
- Em casa de meu pai, nada me faltava… e andava assim vestida…
Casos, como este, são frequentes, e muitos depois de discussões e acusações, terminam em divórcio ou separação, se não são casados oficialmente.
Em lugar de se inteirar, se a mulher, tinha bom salário; se os pais eram ricos; devia verificar: como gastava o dinheiro, se tinha hábitos de poupança, se tinha dividas e o valor delas.
Não esqueça: pode-se contrair empréstimos sem consultar o conjugue…
Este é o conselho que vos dou: os bons casamentos financeiros, são, quantas vezes, tristes desilusões e pior ainda: encargos e dividas para toda a vida…
Diziam os antigos e com razão: “ Quem espera sapatos de defunto, toda a vida anda descalço”…