Eleições chegando aumenta o frio na barriga, tecnologia deixa campanha sem mobilização popular, poder econômico nem sempre faz a diferença na disputa
Pressão – A proximidade das eleições gerais de outubro aumenta a tensão entre os candidatos, que concorrem a cargos eletivos majoritários e proporcionais. Os proporcionais (deputados federal e estadual) e o majoritário (senado) com uma das três vagas dos Estados e Distrito Federal serão definidos no primeiro turno, dia 2 de outubro. Já presidente da República e governadores, ambos majoritários têm possibilidades de uma disputa em segundo turno, com as eleições marcadas para o dia 30. Para se eleger no primeiro turno o candidato a presidente da República ou governador tem que somar 50% mais um dos votos válidos. Como estamos a dez dias das eleições em primeiro turno a pressão, tensão e a ansiedade aumentam entre os candidatos, cabos eleitorais e eleitores. A mobilização aumentou muito nos últimos dias, mas está bem distante de eleições anteriores.
Tecnologia – Provavelmente em razão da utilização a cada mais intensa da parafernália eletrônica, com destaque para as redes sociais na comunicação direta e os sites eletrônicos é possível notar, que o rádio e a TV, que já foram fundamentais numa campanha eleitoral não influenciam com a mesma intensidade. Nem mesmo os debates na TV, que mobilizavam o país tem contribuído para a melhoria da performance dos candidatos na busca do voto. Nunca as redes sociais e sites foram tão utilizados em campanhas eleitorais como na atual, e, talvez por isso, não se nota uma mobilização popular pública como em eleições anteriores.
Liderança – Os quase 5 bilhões de reais do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) disponibilizados para os partidos políticos estão sendo aplicados na campanha política, mas a desigualdade entre candidatos permanece. Em Rondônia é possível notar campanhas milionárias a cargos proporcionais desequilibrando de forma direta a harmonia eleitoral tão propagada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TRE). O diferencial econômico é enorme e não se nota ação do Ministério Público Eleitoral (MPE), apesar de denúncias e de irregularidades explícitas. É bem provável que, para demonstrar “trabalho”, um “Cristo” seja flagrado tirando um litro de gasolina da sua moto para dar a um eleitor, ser preso e ter a candidatura cassada. Os candidatos abastados financeiramente, os compradores de votos devem saber, que as lideranças, que mudaram o apoio a candidatos em razão do poder econômico, na maioria das vezes, não conseguem transferir votos. Nem mesmo lideranças políticas consolidadas ajudam a transferir votos.
Liderança II – O ex-governador Ivo Cassol, por exemplo, que não disputa à sucessão estadual, porque está inelegível, mesmo com todo o seu carisma político, liderança e facilidade em relacionar com o público-eleitor não conseguiu eleger a irmã, hoje presidente regional do PP, a deputada federal e candidata a senadora, Jaqueline Cassol, que concorreu a governadora de Rondônia nas eleições de 2014, pelo PR, coligado com PP, PPS, SD, PV. TC e Pros. Somou pouco mais de 121 mil votos, 15,1% dos válidos. Na época Cassol era senador e deu total apoio para a irmã na disputa pelo governo do Estado, mas não conseguiu elegê-la. Jaqueline foi a terceira colocada e o segundo turno foi disputado por Confúcio Moura (PMDB) e Expedito Júnior (PSDB), com o representante do na época, PMDB, se elegendo. Carisma e votos não se transferem, mesmo com a força do poder econômico.
Campanha - Quem está percorrendo o Estado é o empresário e pioneiro de Rondônia, Assis Gurgacz, da Eucatur, uma das empresas de transporte coletivo mais importantes do País. O Sr. Assis, como é conhecido e admirado está empenhado na luta do filho, senador Acir Gurgacz (PDT), que busca a reeleição e do irmão, o ex-vice-governador, ex-deputado estadual Airton Gurgacz, também do PDT, que trabalha para retornar ao parlamento estadual. Acir e o seu pai Assis, estão trabalhando em ritmo acelerado, pois o senador foi prejudicado no registro da candidatura e ficou impossibilitado de realizar a pré-campanha como os demais candidatos. Ontem (21) Airton esteve reunido com lideranças regionais em Rolim de Moura expondo suas propostas para retornar à Ale-RO a partir de fevereiro do próximo ano. Airton foi um dos deputados mais atuantes na sua passagem pelo parlamento estadual.
Respigo
Hospitais e prontos socorros de Rondônia, da capital e do interior nos últimos dias estão tendo uma demanda enorme de pacientes com problemas respiratórios atingindo mais crianças e idosos. É que, além de o calor escaldante chegando a 41 graus de sensação térmica, a fumaça toma conta dos Céus de Rondônia +++ E o problema não está relacionado somente a queimadas no Estado. A maior parte da fumaça vem da Bolívia com sérios prejuízos para a saúde do rondoniense +++ É sempre importante lembrar os eleitores de Rondônia. O horário de votação no Estado é diferenciado +++ As seções eleitorais serão abertas às 7 horas e fechadas às 16 horas do dia 2 de outubro, quando serão realizadas as eleições em 1º turno. Caso sejam necessárias eleições em segundo turno para os cargos majoritários (presidente da República e governador) elas serão realizadas no dia 30 no mesmo horário e locais de votação +++ Em Vilhena teremos eleição suplementar a prefeito e vice no dia 30. O horário será o mesmo: das 7h às 16h.
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