Juiz manda soltar enfermeira presa por furtar testes de covid e libera para voltar ao trabalho
Gilnara Galvão Torres, 44 anos, presa por ter furtado insumos do Hospital Estadual Santa Casa, foi solta e liberada para trabalhar pela Justiça, no domingo (11). A decisão foi dada na audiência de custódia, no plantão do juiz da 11ª Vara de Justiça Militar, Marcos Faleiros.
O delegado Caio Albuquerque, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), após o flagrante representou pela conversão da prisão em preventiva. No entanto, Faleiros entendeu que não era necessária a prisão e que, na verdade, Ginalra é necessária neste momento de pandemia.
O magistrado argumentou que apesar da gravidade dos fatos, a enfermeira não tem antecedentes criminais e a liberdade dela não irá atrapalhar as investigações.
“Entendo que neste momento atual que vivenciamos seria prejudicial à perda de uma profissional com 11 (onze) anos de experiência que poderá estar salvando vidas, laborando na linha de frente da covid”, afirma em trecho da decisão.
Desta forma, Gilnara está livre para atuar, até que o seu caso seja representado e julgado.
Esquema
A enfermeira foi presa em flagrante, subtraindo testes covid, agulhas, acessos e outros equipamentos do Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia. Ela foi detida pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), após a polícia receber uma denúncia do possível furto e fazer uma campana na porta da unidade de saúde.
Quando saiu, ela foi conduzida de volta ao hospital e revistada na companhia de funcionários. Em sua bolsa foram encontrados equipamentos para acesso venoso, cateter nasal, agulhas de acesso, kits de teste covid modelo swab, guardados em um saco preto, sendo todos materiais de uso hospitalar. Diante dos fatos, a enfermeira foi presa e o material apreendido.
Ela vai responder por peculato, crime contra administração pública.
Outro lado
Em seu depoimento, a enfermeira alegou que não sabe dizer como todo o material foi parar em sua bolsa, apenas o cateter nasal, o qual ela disse que deixava na bolsa para facilitar o atendimento aos seus pacientes, no seu plantão.