Lei de Segurança do México avança no Congresso apesar das críticas

14 de dezembro de 2017 464

Uma polêmica lei de Segurança Interna no México deu mais um passo nesta quarta-feira para a sua aprovação no Congresso, apesar das críticas à iniciativa, que regulamenta a mobilização militar contra o crime organizado.

Há duas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou a iniciativa e o presidente Enrique Peña Nieto pediu aos congressistas que realizassem consultas para "ouvir todas as vozes".

Na quarta-feira à noite, as comissões do Senado aprovaram, de modo geral, o texto da Lei de Segurança Interna.

Agora, a iniciativa - que sofreu várias mudanças - passará ao Senado, antes de ser enviada para a Câmara dos Deputados.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) pediram ao Estado mexicano que não aprove a lei, que busca estabelecer um marco legal para a atuação das Forças Armadas.

O mesmo pedido foi feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

No fim de 2006, o governo mexicano iniciou uma polêmica ofensiva militar antidrogas, o que gerou uma onda de violência que deixou mais de 196.000 mortos e 30.000 desaparecidos, de acordo com números oficiais, que não explicam quantas vítimas estavam relacionadas com o crime organizado.

A operação provocou denúncias de abusos, execuções extrajudiciais e desaparecimentos por parte dos militares.