Lenha na Fogueira com Manoel Costa Mendonça – MANELÃO e a homenagem a Nelson Sargento
Nesta sexta-feira (27), às 19h, acontece a entrega de uma estátua em homenagem a Manoel Mendonça, o Manelão, fundador da Banda do Vai Quem Quer, que hoje é patrimônio cultural do estado de Rondônia.
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A estátua será inaugurada no Mercado Cultural e contará com a presença do prefeito Hildon Chaves, da primeira-dama Ieda Chaves e da filha do Manelão, Siça Andrade.
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Data: 28/05/2021 (sexta-feira); Horário: 19h; Local: Mercado Cultural. Av. Presidente Dutra, 2816. Contato: prefeituracomunicacao@gmail.com
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HISTÓRIA – Manoel Costa Mendonça – MANELÃO - Por: Silvio M. Santos.
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Manelão desembarcou no aeroporto do Caiari em Porto Velho, no dia 26 de janeiro em 1964, Ele nasceu no dia 09 de março de 1949 em Manaus. Isso quer dizer, que dos seus quase 62 anos, 47 foram vividos em Porto Velho.
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Ele se enturmou com os jovens do bairro Caiari. 25 anos depois, Manelão assumiria como presidente da escola sendo campeão com o enredo “O Mundo Infantil”.
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Nesse meio tempo, Manelão se formou mecânico de manutenção na Escola Senai Mal. Rondon, fez o curso de piloto no aeroclube de Porto Velho.
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Ao contrair uma malária nos garimpos, resolveu dar um tempo na aviação e foi fazer o curso de Chaveiro – Abridor de Cofre em São Paulo e quando voltou, abriu no dia 1º de fevereiro de 1966 o Chaveiro Gold.
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A primeira oficina do Manelão como Chaveiro foi no quintal de sua residência a rua Barão do Rio Branco em frente à Praça Jonathas Pedrosa.
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Mesmo com o status de grande empresário, Manelão jamais deixou de frequentar as rodas de samba que de início, se formava no bairro Caiari.
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Outro fato importante na história do Manelão são os blocos que ele juntamente com sua turma, colocava para desfilar pelas ruas de Porto Velho, tão logo começava a se falar em carnaval.
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Assim, a partir do mês de novembro brincávamos carnaval nos blocos: Do Bode, Escorrega Lá Vai Um e o Bloco do Zé Atraca (daí a origem do personagem Zekatraca), todos considerados bloco de sujo.
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Em 1978 a Comissão de Carnaval o convidou para ser o Rei Momo de Porto Velho, título que ficou em seu poder, até o carnaval de 1980.
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Justamente por um “entrevero”, entre a Corte do Rei Momo Manelão e a Coordenação do Carnaval, foi criada a Banda do Vai Quem Quer.
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Quando a prefeitura o procurou para ser o Rei Momo no carnaval de 1981, a Corte se reuniu e decidiu o seguinte: “Se é pra gente pagar para brincar carnaval, não precisamos pertencer a Corte e nem ser Rei Momo”.
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Então surge a BANDA DO VAI QUEM QUER.
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Quem assumiu a direção e coordenação geral da Banda foi o Manelão e desde então, a Banda jamais deixou de se apresentar sempre aos sábados de carnaval.
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Aquele menino peralta que fazia peripécias montado numa bicicleta Gulliver na Praça Aluízio Ferreira, só para aparecer para as meninas do Caiari.
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O empresário considerado um dos melhores especialistas em abertura de cofres do Brasil.
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O político fundador da Arena e do Dem.
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O político que que presidiu a Lotoro e foi diretor de Transporte no governo estadual.
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O Manelão que não sabia dizer não.
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Manelão da Banda do Vai Quem.
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Esse é o nosso Manoel Costa Mendonça – o querido MANELÃO.
Itaú Cultural homenageia Nelson Sargento com material em seu site
É extenso o verbete sobre o músico na Enciclopédia Itaú Cultural dada a importância de sua obra para a música brasileira. Baluarte e autor dos principais enredos da Estação Primeira de Mangueira, Nelson Sargento deu a sua última contribuição ao Itaú Cultural em apresentação on-line no fim do ano passado e deixou gravado histórias sobre o amigo Cartola em depoimentos para a Ocupação Cartola
O Itaú Cultural lamenta a morte do compositor, cantor, artista visual, escritor e ator Nelson Sargento (1924-2021), nesta quinta-feira, 27 de maio, e o homenageia em seu site, relembrando suas participações na programação da instituição. O público pode acessar a vídeos, no canal do Youtube do IC, gravados com ele para a Ocupação Cartola, realizada em 2016, com quem aprendeu a tocar violão e foi parceiro de composições. O site da Enciclopédia Itaú Cultural também tem amplo material sobre ele e sua obra, acessível em https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa11966/nelson-sargento.
Apelidado de filósofo do samba, com mais de 60 anos de carreira e 96 anos encerrados devido ao Covid-19, Sargento fez sua última apresentação no Itaú Cultural, desta vez no site, em novembro do ano passado, no Festival Arte como Respiro – Edição Música. Ele apresentou as canções Agoniza mas Não Morre, Encanto da Paisagem e Falso Amor Sincero, contempladas na edição de música de Arte como Respiro – Múltiplos Editais de Emergência, organizado pela instituição.
“O legado que Nelson Sargento nos deixa é infinitamente estelar para a música brasileira. Ele foi se juntar ao seu brilhante amigo Cartola, mas este patrimônio cultural inestimável fica entre nós e é importante cuidá-lo. Faz parte da memória da nossa música”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.
“Como esquecer, por exemplo de sambas como Velho Estácio que eles compuseram juntos? Ou A Mangueira É Muito Grande, cuja segunda parte construíram com Ataliba?”, continua ele. “Penso nestas músicas, nesse momento, porque fizeram parte de um depoimento que Nelson nos deu quando fizemos a Ocupação Cartola, mas lembro também de Agoniza e não morre, De Boteco em Boteco, Vai dizer para ela. A obra de Nelson Sargento é gigante e imortal.”
Em um dos vídeos https://www.youtube.com/watch?v=52yVcv8JSbU) que gravou para esta Ocupação dedicada ao amigo Cartola, ele falou sobre o jeito dele fazer samba e analisou as mudanças do gênero dentro das escolas. Segundo o compositor, o samba que Cartola fazia na Mangueira, era o mesmo que compunha na Portela e no Salgueiro. “Cartola me disse uma vez: eu faço samba para as pessoas ouvirem calmamente”, contou Sargento. “Mas as coisas mudam. Tenho a impressão que o início disso foi quando a classe média começou a invadir as escolas de samba, porque a noite carioca foi caindo”, falou. “Eles descobriram que estas escolas eram um espetáculo grátis, do bom, e foram. Hoje em dia, só se canta samba-enredo lá dentro, não se canta mais samba de terreiro”, explicou.
Em outra gravação (https://www.youtube.com/watch?v=LgcxeBhZtlU), Sargento contou como fez grandes composições com o amigo e com Ataliba. Enfatizou, ainda, que os grandes compositores têm uma marca pessoal, inconfundível, e reconheceu em Cartola um romântico. Na ocasião, em sinergia com a Ocupação, o sambista lançou no Itaú Cultural o disco Nelson Sargento 91 anos de samba.
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LENHA NA FOGUEIRA (ZEKATRACA)
Colaborador do Que Notícias, ZEKATRACA é titular da coluna Lenha na Fogueira no jornal Diário da Amazônia. E-mail: zekatracasantos@gmail.com