Oposição empareda Wellington Dias por ‘quentinhas invisíveis’ do governo Lula

12 de fevereiro de 2025 101

Deputados de oposição ao governo Lula apresentaram nove requerimentos com pedidos de informação ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para obter mais informações sobre o programa Cozinha Solidária e a atuação da ONG Movimento Organizado para Vencer, Educar e Realizar (MOVER).

Como mostramos, a ONG Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar firmou um contrato de 5,6 milhões de reais com o Ministério do Desenvolvimento Social para distribuir quentinhas a pessoas em vulnerabilidade social. Contudo, não há sinais de produção e distribuição de alimentos nos endereços informados ao governo federal das entidades contratadas pela organização para fazer o serviço, segundo informações do jornal O Globo.

Sediada em São Paulo, a Mover Helipa é comandada por José Renato Varjão, ex-assessor do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).

Segundo o jornal, a ONG subcontratou, no âmbito do programa Cozinha Solidária do governo Lula, uma série de entidades pertencentes a atuais ou ex-integrantes de gabinetes petistas, como a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá, do bairro Jardim Varginha, na zona sul da capital paulista, para produzir e distribuir quentinhas a moradores de rua.

O Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que já adotou todas as providências sobre o caso. O partido Novo apresentou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a tomada de providências e deputados de oposição também solicitaram uma investigação do caso pela Procuradoria-Geral da República (PGR)

“Tal prática, se confirmada, configura uma grave violação da confiança pública e desvio de recursos que são destinados a um dos mais importantes programas sociais do país”, disse a deputada Clarissa Tércio (PP-PE), uma das autores dos requerimentos de informação.

“Diante da gravidade das denúncias e visando assegurar a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos, é imperativo que este Parlamento obtenha esclarecimentos detalhados sobre os contratos firmados, os critérios de seleção das ONGs, os mecanismos de fiscalização adotados e as medidas tomadas para apurar e corrigir eventuais irregularidades”, complementa a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), em outro pedido de informação.

Fonte: REDAÇÃO O ANTAGONISTA