Por que não votar pelo celular se o processo eleitoral é eletrônico? Ji-Paraná deve dobrar o número de cadeiras na Ale-RO, só Follador tem registro confirmado no TRE
Ji-Paraná – O segundo maior colégio eleitoral do Estado, Ji-Paraná (cerca de 85 mil eleitores nas eleições de 2020), hoje tem dois deputados estaduais, Laerte Gomes (PSD) e Jhony Paixão (PSDB) e concorrem à reeleição. Também estão na disputa por vagas na Assembleia Legislativa (Ale), o ex-deputado estadual Airton Gurgacz (PDT), e o atual presidente da Câmara de vereadores, Welinton (Negão) Fonseca (MDB). É importante destacar, que hoje as nominatas são fundamentais, pois não temos mais as coligações. Nas eleições deste ano, o candidato tem que ser bom de voto, o partido atingir o quociente e cumprir a cláusula de barreira. Ou fica de fora da lista de eleitos. É o caso de Jhony, porque o PSDB ficou bastante prejudicado, após a janela de migração partidária (3 de março a 1º de abril), quando deputados (federais, estaduais e distritais) puderam mudar de partido sem a possibilidade de perda dos mandatos. A reeleição de Paixão é uma missão hercúlea. A expectativa é que serão necessários de 25 mil a 28 mil votos para se eleger um deputado estadual.
Celular – O jornalista Alexandre Garcia é quem questiona em sua coluna de hoje (31), publicada em vários órgãos de comunicação: “se eu entrar com o meu celular, sendo um cidadão livre, considerando todas as restrições a outros eleitores não tão livres assim –só para eles realizarem o direito de votar–, por acaso o mesário vai me revistar? O mesário vai me impedir de votar se eu insistir em entrar com o celular? Vai me retirar o direito ao voto, impedir que eu exerça a obrigação de votar? Quem responde por isso? E qual é a intenção de alguém fotografar o próprio voto? O voto é da pessoa, ela é dona do sigilo do seu voto e pode abrir esse sigilo. A ninguém é dado o direito de saber como vota o outro, mas cada um decide o que fazer com o seu voto; como é que fica isso? É no que dá esse avanço sobre direitos e liberdades. Aliás, está tudo na Constituição. É preciso respeitar a Constituição”.
Celular II – Hoje é proibido votar com o celular. Se precisar de uma “cola” o eleitor tem que levar a anotação no papel, na mão, no braço, menos no celular. Mas o voto tem que ser eletrônico. A alegação para deixar o celular com o mesário é pelo voto ser secreto. Mas isso é uma opção do eleitor. Nada impede que ele vote abertamente. O sigilo é um direito constitucional do cidadão, que pode abrir mão quando, onde e como quiser. Não estamos questionando a eficiência ou não das urnas eletrônicas. No mundo digital em que vivemos, a cada dia mais dependente da eletrônica, onde o celular é indispensável, por que as pessoas não podem votar de onde estiverem? Da sua casa, do trabalho, da estrada, do restaurante, do hospital, etc. etc. etc. Bastaria o leitor de código para as pessoas votarem como fazem compras, inscrições, pagam contas, transferem valores. Por que não votar de casa? Por que não o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) digitais? Não estamos na era da informatização? É o fim da rosca...
Cone Sul – Desde 2006 que a região polarizada por Vilhena não tem representantes na Câmara Federal, apesar de sua importância social, econômica e financeira para o Estado. O ex-deputado federal Natan Donadon (PMDB) não pode concorrer à reeleição em 2014, porque foi afastado pela Mesa Diretora da Câmara Federal e acabou perdendo o mandato. Já tivemos eleições para deputado federal em 2014 e 2018, mas a região do Cone Sul não conseguiu ocupar nenhuma das oito cadeiras. Nas eleições deste ano a Família Donadon, que tem a deputada estadual Rosângela Donadon (UB), que concorre à reeleição também conta com a ex-prefeita de Vilhena, Rosani Donadon (PSD), sua cunhada, candidata a deputada federal. O Cone Sul busca espaço na Câmara Federal.
Federais – Rondônia tem oito vagas na Câmara Federal e seis são candidatos à reeleição. Estão em busca de um novo mandato Lucas Follador (PSC), coronel Chrisóstomo Moura (PL), Expedito Netto (PSD), Sílvia Cristina (PL), Lúcio Mosquini (MDB) e Mauro Nazif (PSB). Jaqueline Cassol (PP) e Mariana Carvalho (PRB), que pediu afastamento para se dedicar à sua candidatura ao Senado, com Follador assumindo, são candidatas a única das três vagas de senador, que estará em disputa e Léo Moraes (Podemos) concorre a governador. Dos seis candidatos à reeleição à Câmara Federal, somente o nome de Lucas Follador estava confirmado pela justiça eleitoral até a tarde de terça-feira (30). Follador enfrenta dificuldades, porque em sua região as vagas para o parlamento federal têm ao menos mais três candidatos com potencial de voto. Mosquini, Netto e Nazif, que presidem seus partidos no Estado enfrentam menos problemas para a reeleição, mas Sílvia Cristina e Chrisóstomo devem proporcionar uma concorrida disputa, porque é muito difícil os dois se reelegerem no mesmo partido.
Respigo
As pessoas que precisam utilizar a calçada ao lado do Mercado Nova Era, na Avenida dos Imigrantes, em Porto Velho, sentido centro-bairro têm que utilizar a pista para poder passar pelo local, porque escorre agua podre ou esgoto do muro de um condomínio. Ao lado fica uma parada de ônibus e as pessoas são obrigadas a conviver com a imundície e o forte odor +++ Até quando o setor da prefeitura da capital vai “fechar os olhos” para a irregularidade? Além do cheiro insuportável, de o risco de andar pela pista de enorme movimento, inclusive de carretas, há o perigo da contaminação devido a sujeira +++ O prefeito Hildon Chaves (PSDB) poderia “puxar as orelhas” dos servidores relapsos da Secretaria do Meio Ambiente. É o fim da rosca... +++ O candidato a deputado estadual Aziz Rahal (Patriota), está percorrendo os municípios do interior levando sua mensagem de compromisso com o eleitor e discutindo as reais necessidades do povo. O roteiro da semana inclui Ariquemes, Jaru e Ji-Paraná, seu reduto eleitoral.
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