Num pedido de busca e apreensão da Operação Armistício, realizada no final do ano passado, a PGR identificou Fabio Brito Matos como responsável pelo recebimento do dinheiro na sede de empresas de Milton Lyra em São Paulo.
“Milton Lyra atuava como um verdadeiro intermediário do parlamentar, e assim era reconhecido pelas pessoas que buscavam entrar em contato com o senador”, diz o documento, obtido por O Antagonista.
Na delação premiada, os executivos da Odebrecht mostraram que a entrega para “Justiça” (codinome de Renan Calheiros) só seria efetivada mediante a senha “justo”. O dinheiro foi disponibilizado por meio de doleiros que mantinham contratos fictícios com a construtora.
Na semana passada, O Antagonista revelou que Milton Lyra vendeu um apartamento de luxo em Miami que, segundo o MPF, teria sido adquirido com recursos desviados dos fundos de pensão.
