Ricardo Salles rompe silêncio e declara fim de embates com a direita: "Chega desse mimimi"

7 de fevereiro de 2025 43

Em meio à crescente tensão entre lideranças conservadoras, o deputado federal Ricardo Salles (NOVO-SP) anunciou nesta sexta-feira que não participará mais das trocas de farpas que têm marcado o cenário político da direita brasileira. Em pronunciamento contundente, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro expôs sua posição sobre as recentes divergências no campo conservador.

"Realmente essa troca de farpas entre membros da direita está ridícula. Da minha parte, não vou falar mais nada. Chega", declarou Salles, estabelecendo um ponto final em sua participação nas disputas internas do movimento.

O parlamentar fez questão de reafirmar sua gratidão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sob quem serviu como ministro, mas não deixou de expressar discordâncias. "Tenho muito orgulho disso, assim como por ter sido Secretário do Geraldo em SP. Discordo do caminho que ele tomou e já disse isso a ele", revelou.

Em relação ao partido NOVO, Salles esclareceu sua posição sobre as mudanças na legenda após a saída de João Amoêdo. "Tudo quanto era agenda anti-Bolsonaro, woke, faria limers e afins da época do Amoêdo eu acho uma bosta, fui sempre contra e por isso fui expulso", explicou o deputado, que posteriormente retornou ao partido para disputar o Senado por São Paulo.

O parlamentar também fez questão de reafirmar suas credenciais ideológicas, lembrando sua trajetória desde 2006 como fundador do Movimento Endireita Brasil. "Continuo sendo o mesmo Ricardo Salles de sempre: conservador nos costumes, anti PT, MST e todas essas merdas. Defensor das liberdades, das armas, do agro, do direito de propriedade", enfatizou.

Ao encerrar suas declarações, Salles foi enfático quanto à sua decisão de não mais alimentar conflitos internos: "Quem quiser continuar nessa provocação, não terá mais resposta da minha parte."

A manifestação do ex-ministro ocorre em um momento de intensas disputas internas no campo conservador brasileiro, que tem observado crescentes divergências sobre os rumos do movimento após as eleições de 2022. Sua decisão de se afastar das polêmicas pode sinalizar uma nova fase no debate político da direita nacional.

 

Fonte: ALAN ALEX