Rodrigo Pacheco encerra mandato no Senado com forte aproximação ao governo Lula

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) encerra neste sábado (1º) sua gestão à frente do Senado Federal, deixando como principal legado uma significativa aproximação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em contraste com sua postura inicial durante o governo Bolsonaro.
O senador mineiro, que ocupou a presidência da Casa desde 2021, consolidou-se como um importante aliado do atual governo, participando de eventos internacionais significativos ao lado do presidente Lula, incluindo a Assembleia Geral da ONU em Nova York e a COP28 no Oriente Médio.
Sua gestão foi marcada por importantes realizações legislativas, com destaque para a aprovação de projetos de sua autoria, como a renegociação da dívida dos estados com a União e a regulamentação da inteligência artificial. Pacheco também ganhou notoriedade por sua postura firme em relação às pressões da oposição para pautar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Durante a pandemia da Covid-19, seu primeiro mandato foi caracterizado por iniciativas relevantes, incluindo a autoria do projeto que ampliou a capacidade de compra de vacinas e a condução da Casa durante a CPI da Pandemia.
Entre as propostas polêmicas de sua gestão, destacam-se a PEC das Drogas, que criminaliza a posse de qualquer quantidade de entorpecentes, já aprovada pelo Senado, e a controversa PEC do Quinquênio, que prevê benefícios para membros do Judiciário e do Ministério Público.
Com a saída do cargo, Pacheco é cotado para assumir uma posição na Esplanada dos Ministérios nos próximos meses, evidenciando sua crescente influência política. O presidente Lula chegou a manifestar publicamente seu desejo de ver Pacheco como futuro governador de Minas Gerais, sinalizando o forte alinhamento entre ambos.
Seu sucessor deve ser escolhido em breve, com Davi Alcolumbre (União-AP), seu principal aliado político, despontando como favorito para assumir a presidência do Senado. Pacheco continuará exercendo seu mandato como senador até 2026, mantendo sua influência no cenário político nacional.