Rondônia completa 41 anos em janeiro, rebanho de Rondônia é livre de vacinação contra aftosa, médicos e enfermeiros não cumprem plantão no JP II
Rondônia – O Estado de Rondônia foi criado em dezembro de 1981, mas a instalação ocorreu somente no dia 4 de janeiro de 1982, com a posse do primeiro governador, Jorge Teixeira de Oliveira. No próximo dia um dos mais jovens estados da federação estará completando 41 anos de emancipação político-administrativa. Rondônia já foi o Eldorado do Brasil com a exploração do ouro do rio Madeira, da cassiterita de Ariquemes, do mogno de Rolim de Moura. Hoje continua forte na economia, que mudou bastante, mas a agricultura e pecuária ganham força a cada ano, mesmo com os três anos de pandemia, que engessou o mundo. É um dos poucos estados livres de vacinação contra febre aftosa e exporta quase toda a produção de gado de corte.
Rondônia II – O jovem Estado está entre os cinco maiores rebanhos bovinos do País e se destaca na produção leiteira. A soja a cada ano apresenta maior projeção no campo e gradativamente vem ganhando espaços na produção e exportação de soja e milho, que são produzidos em quantidade e com qualidade. A partir de janeiro o governador-reeleito Marcos Rocha (UB) iniciará um novo mandato com um orçamento superior a R$ 13 bilhões, cerca de 30% superior ao deste ano. Tem a maioria dos deputados, reeleitos e eleitos como parceiros, não coniventes. Tem o apoio de significativa parcela dos prefeitos. Dos oitos deputados federais, quatro são do seu partido, o União Brasil. O início de um novo ano traz também a esperança de um mandato, ainda, mais identificado com a realidade de Rondônia, pois Rocha e boa parte da equipe de governo, que permanecerá na administração e a chegada de novos, mas identificados com a administração têm tudo para marcar época na passagem pelo governo.
Saúde – Das mais oportunas e necessárias a fiscalização do Tribunal de Contas (TC) de Rondônia, no Pronto Socorro João Paulo II em conjunto com a Secretaria Geral de Controle Externo (SGCE), à noite de sábado (24). O trabalho também ocorreu em unidade de saúde, as UPAs das zonas Sul e Norte e, como se previu encontraram várias irregularidades. Um dos assuntos em pauta era o sistema de plantão de médicos e enfermeiros. E de fato foi constatada ausências de plantonistas (médicos e enfermeiros), que não obedeceram aos horários de plantão, o chamado “Plantão de Natal”, problema dos mais sérios em um estabelecimento ligado à saúde pública. A operação ocorreu, após os organismos fiscalizadores receberem denúncias da falta de médicos, que deveriam estar no trabalho.
JP II – A operação-surpresa durou pouco mais de duas horas, mas o suficiente para se confirmar as irregularidades denunciadas. Também se constatou durante a operação, banheiros e salas de trabalho interditados sem as mínimas condições de uso, pacientes aguardando leitos em macas nos corredores, reclamações da alimentação dos pacientes e aos profissionais de saúde. O que não consta do relatório é o suporte prestativo da maior parte das equipes (médicos, enfermeiros, administrativo) que sempre estão no trabalho dando tudo de si para um melhor atendimento. Constatar irregularidades é importante, fundamental, obrigação, mas também é necessário que o trabalho bem feito seja destacado. O JP II não é nenhum primor na saúde pública, mas é um exemplo nos atendimentos emergenciais.
Dificuldades – Também é necessário ao se atender denúncias verificar o que está sendo bem feito, mesmo que o trabalho seja uma obrigação, porque todos ganham para isso seja e não é um trabalho de voluntário. Outro ponto que precisa – e deve – ser destacado é que Porto Velho é a única capital brasileira, que não tem um Pronto Socorro Municipal. Toda a demanda de atendimento médico-hospitalar vai para o JP, que também recebe pacientes do interior do Estado e da Bolívia. Além de Porto Velho há um enorme índice de acidentes envolvendo motocicletas, que ocupa a maior parte dos envolvimentos em ocorrências de trânsito na capital, que é enorme. Vamos corrigir o que está errado na área de saúde, que envolve vidas, mas não podemos ignorar o trabalho heroico do pessoal da saúde pública do Estado. Há muitos erros, mas o pessoal do dia a dia merece aplausos, inclusive melhores salários, pela dedicação ao trabalho.
Respigo
Com a proximidade da posse de o governador-reeleito Marcos Rocha (UB) crescem as especulações sobre os novos nomes, que estarão compondo o time de assessores. É certo que vários setores, que deram conta do recado no primeiro mandato terão seus comandantes mantidos +++ Mas quem não deu conta do recado, não trabalhou na busca de um novo mandato ficará de fora. Inclusive alguns nomes que muitos acreditam que permanecerão +++ E está certo Rocha, pois não basta os assessores cumprirem com suas obrigações. É necessário empenho e se conscientizarem que estão ocupando cargos políticos, que exigem não somente a competência, mas também jogo de cintura, muita discussão, acordos.
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