ROSA PARKS, PIONEIRA NA LUTA PELOS DIREITOS CIVIS NOS EUA

27 de novembro de 2017 736

Em 1° dezembro se comemora mais um aniversário do ato que libertou todo um povo: nesta data em 1955, a costureira Rosa Lee Parks não se levantou num ônibus em Montgomery, Alabama nos Estados Unidos, contrariando a norma de que os negros só podiam se sentar se não houvesse brancos no veículo. Por seu atrevimento, foi presa, julgada e condenada por conduta desordeira, assim como por violar a ordem local. Sua prisão inspirou e deflagrou um movimento de protesto e luta dos negros norte-americanos contra a segregação e pelo respeito aos direitos, tomando corpo em todo o país, com ampla projeção internacional.

Na noite seguinte à sua prisão, cinquenta líderes da comunidade afro-americana, chefiados pelo então quase desconhecido pastor protestante Martin Luther King Jr. reagiram contra este constrangimento cometido contra ela, organizando e realizando um boicote de trezentos e oitenta e um dias ao sistema segregacionista de transporte coletivo naquele estado. No ano seguinte, o caso Rosa Parks foi encerrado na Suprema Corte norte-americana e a discriminação entre brancos e negros nos ônibus foi declarada inconstitucional.

 Por seu gesto, foi indicada pela revista “Time”, como um das vinte personalidades  heroicas do século XX e sobre a repercussão de sua atitude e posicionamento, foram escritas milhares de artigos, livros e ensaios. Faleceu em 26 de outubro de 2005 em sua residência, dormindo, certamente ciente de que as políticas públicas de inclusão dos negros lhe deveram muito e se espalharam por todos os cantos, tornando-a um ícone da luta contra o racismo que infelizmente ainda persiste, mas a construção da igualdade de oportunidades avançou muito após a ocorrência que a envolveu. Vale lembrar a eleição de Barack Obama como presidente da maior potência do mundo.

A suave guerreira, que com seu simples gesto libertou todo um povo, constituindo-se na pioneira da luta pelos direitos civis americanos, “brilha fulgurante diante de nossos olhos, cada vez que preferimos a comodidade de conceder ao risco de protestar e lutar contra as injustiças que enchem o mundo em que vivemos”, como ressaltou Maria Clara L.Bingemer, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio (“Rosa Parks e o cansaço de conceder”- Jornal do Brasil- 31/10/2005- A15).

 

 

LUTA CONTRA A AIDS

 

 

Instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas, o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS, primeiro de dezembro, visa conclamar os povos de todo o mundo sobre os efeitos da doença e das formas pelas quais pode ser evitada. As campanhas preventivas, no entanto, não podem se restringir a informações e acessos a preservativos. Diante da atual banalização do sexo, deve-se combater a moléstia  de todos os modos  possíveis, mas não se olvidar da questão da preparação e formação, para que o sexo se realize com  orientação segura, conhecimento, responsabilidade, embasamento religioso e moral.

 

 

UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA E DIGNIDADE

 

 

Celebrações como a  de 03 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência  - revestem-se de suma importância para refletirmos sobre   questões de cidadania que afetam tais indivíduos e  que não podem mais ser tidas, como de puro assistencialismo, mas sim de Justiça e Dignidade. A comemoração foi instituída pela ONU- Organização das Nações Unidas desde 1998, com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência, procurando  também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração dos cidadãos com deficiência em cada aspecto da vida política, social, econômica e cultural. 

 

 

REFLEXÃO

 

 

Efetivamente, se pretendemos ter uma sociedade onde o viver e o conviver sejam valores máximos, faz-se necessário um esforço maior em dar a todos, iguais possibilidades de participação, já que, “quando uma pessoa tem negado os seus direitos todos estão perdendo” (Dalmo Dallari)

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)