Rosani Donadon substitui Raquel e é a adversária a ser batida em Vilhena, disputa em Rondônia entre Rocha e Rogério é parelha, faltam 20 dias para o segundo turno
Eleições – Estamos a vinte dias das eleições em segundo turno, quando os eleitores brasileiros deverão escolher o futuro presidente da República. Em Rondônia e mais onze estados, também os governadores. No caso de Rondônia, além das eleições a presidente da República e governador, também será eleito o novo prefeito de Vilhena, em eleição suplementar, porque o ex-prefeito e vice, Eduardo Japonês e Patrícia, respectivamente, foram cassados por prática de crime eleitoral nas eleições municipais de 2020. E a disputa pela prefeitura está acirrada com desistências e novo nome para concorrer ao cargo político mais importante do município do Cone Sul e quarto maior colégio eleitoral do Estado.
Vilhena – A eleição suplementar em Vilhena, que ocorrerá no mesmo dia das gerais em segundo turno a presidente da República e governadores, o próximo dia 30, mobiliza o município. Na coluna de sexta-feira (7) erramos, quando dissemos que Raquel Donadon, que já foi prefeita em Colorado do Oeste, era o nome a ser batido na disputa pela Prefeitura de Vilhena na eleição suplementar. Ocorre que Raquel abriu mão da candidatura para a cunhada, Rosani, que já foi prefeita de Vilhena, para concorrer em seu lugar. Rosani foi candidata a deputada federal nas eleições em primeiro turno, do último dia 2 e, apesar de bem votada (15.365 votos) não conseguiu se eleger. Agora optou por concorrer ao cargo que ela já ocupou.
Renúncias – O presidente da câmara de vereadores e prefeito interino, Ronildo Macedo (Podemos) desistiu de concorrer, apesar de não ter nada a perder, pois mesmo que fosse derrotado reassumiria sua função de vereador. A desistência de Ronildo levou o candidato do PSC, ligado ao deputado-reeleito Luizinho Goebel, presidente regional do partido, e o ex-prefeito Eduardo Japonês, o Gilmar da Farmácia, a abrir mão de concorrer a prefeito, renunciou. O delegado da Polícia Federal (PF), Flori Cordeiro (Podemos), que concorreu a deputado federal e, apesar de ter recebido boa votação (15.343 votos), a exemplo de Rosani, não se elegeu à Câmara Federal. Agora é candidato a prefeito e se coloca como opção para, segundo disse em entrevista ao site “Extra de Rondônia”, “romper a polaridade na política local”, logicamente se referindo aos grupos Donadon e Goebel.
Governador – Temos quase três semanas (20 dias) pela frente para a realização das eleições em segundo turno a governador de Rondônia. A diferença entre os dois candidatos no primeiro turno não foi das maiores. Marcos Rocha (UB), que concorre à reeleição, obteve 330.656 votos (38,88%), e Marcos Rogério (PL), 315.035 votos (37,05%), uma diferença de 15.621 votos. Para um universo em torno de 1,2 milhão de eleitores não representa muito. Uma das dificuldades é que eleições polarizadas são bem diferentes e a explicação é muito simples. Se um candidato estiver vencendo por 2x1 e um eleitor resolver mudar para o adversário seu voto representa dois: um que sai e outro que entra. Exemplo: no caso de 2x1, a mudança de um para o outro não resultará em empate, mas em 2x1 para o adversário. A matemática é complicada, mas ao mesmo tempo simples e o resultado é real. Outro problema é que Rocha e Rogério são bolsonaristas. Rocha elegeu a maior bancada estadual (5 deputados) e a federal, quatro dos oito, mas Rogério é do PL, partido de Bolsonaro, que também concorre no segundo turno a presidente da República e não pode abrir mão de apoio, pois tem como adversário Lula da Silva, do PT.
Governador II – A reeleição de o governador Marcos Rocha não era considerada difícil, desde que o ex-governador Ivo Cassol (PP) ficou fora da disputa devido a Lei da Ficha Limpa. “Máquina” governamental na mão, sem envolvimento em corrupção, bons programas para setores importantes como o social e agropecuário, Rocha era considerado difícil de ser batido. Na convenção, após a escolha do vice, Sérgio Gonçalves com o grupo ignorando e contrariando importantes partidos aliados, como o MDB e o PTB, Rocha chegou ao segundo turno com menos de 2% dos votos válidos sobre Marcos Rogério. Nos bastidores da política a previsão é de eleição ferrenha, disputada voto a voto. Já os mais céticos garantem, que o vencedor levará de “lavada”, com muita folga. Quem viver verá...
Respigo
Após ser reeleito o deputado estadual Luizinho Goebel (PSC) decidiu que irá apoiar o candidato a governador, senador Marcos Rogério (PL) no segundo turno. Goebel era líder no governo na Assembleia Legislativa (Ale) e, talvez pela decisão de a equipe de Rocha, se reeleito for não trazer de volta o ex-secretário de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani (PSC), que somou 13.406 votos na eleição a deputado federal, tenha influenciado +++ a abstenção que foi elevada em Rondônia no primeiro turno (24,66%) e, superior a 30% em dois dos maiores municípios do Estado, Ariquemes e Ji-Paraná é um desafio para Rocha e Rogério. A campanha de acusações e de planos mirabolantes tem que abrir espaços para a conscientização do eleitor e de propostas simples e viáveis +++ Expectativa hoje (10) em Vilhena sobre a possibilidade de o candidato a prefeito Paulinho da Argamazon (PRB) desistir da candidatura a prefeito. O prazo para mudanças de candidatos encerrou às 12h conforme despacho de a juíza eleitoral Liliane Pegoraro Bilharva +++ A coluna fechada por volta das 12h30. E ainda, não se tinha informações sobre a situação.
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