Saneamento básico é problema crônico de Porto Velho, Governo do Estado credencia restaurantes do Prato Fácil, PDT tem pré-candidato a prefeito da capital
Porto Velho – As chuvas dos últimos dias em Porto Velho provocaram inundações em várias partes da cidade, inclusive onde ocorre todos os anos, na confluência das avenidas Rio de Janeiro e Guaporé. Poucas cidades de Rondônia têm um mínimo de saneamento básico. Talvez os dedos de uma das mãos sejam suficientes. Porto Velho tem cerca de 3% de saneamento básico. A área central da cidade tem água potável dia sim dia não. Vários bairros não contam com o serviço à disposição. Na época do prefeito Roberto Sobrinho (PT), e Ivo Cassol governador, ambos com dois mandatos seguidos, o Governo Federal (na época Lula da Silva) liberou R$ 700 milhões para obras de saneamento básico em Porto Velho. Cassol chegou a “pilotar” uma pá-carregadeira, no cruzamento das avenidas Rio Madeira, hoje Chiquilito Erse e Tiradentes, que seria o marco inicial da obra de saneamento básico.
Porto Velho II – Cassol deixou o governo, se elegeu senador, Confúcio Moura (MDB), hoje senador, foi eleito governador e ficou no cargo por dois mandatos seguidos. Cassol, Confúcio e Sobrinho não conseguiram elaborar o projeto para que os recursos, depositados na Caixa Econômica Federal durante anos fossem utilizados em obras de saneamento básico na capital de Rondônia. Os mais de R$ 700 milhões voltaram para os cofres da União, porque foram incapazes de montar o projeto. Depois de Sobrinho, já passaram pela prefeitura o ex-deputado federal Mauro Nazif (PSB), um mandato, e agora Hildon Chaves (PSDB), no segundo mandato. E o desafio continuará para o próximo prefeito (ou prefeita) que será eleito em outubro próximo: investir no saneamento básico de Porto Velho, onde o pouco que tem de esgoto é da época da fundação da cidade e tem o Rio Madeira como “estação de tratamento”.
PDT – O PDT disputará a sucessão municipal em Porto Velho com candidatura própria. O presidente regional do partido, ex-senador Acir Gurgacz comandou solenidade de lançamento da pré-candidatura de o advogado Célio Lopes a prefeito da capital. Ele é ex-presidente da Juventude do partido, uma das lideranças da base do PDT. “Vamos apresentar um projeto alternativo para o desenvolvimento de Porto Velho, baseado nos princípios de inclusão social, da educação em tempo integral como prioridade e no estímulo à formação de um polo industrial forte, transformando nossa Capital no principal centro logístico da região Norte”, disse Célio, que deverá enfrentar pela primeira as urnas. É jovem, mas de muita experiência na vida pública. Hoje o PDT não tem nenhum representante na câmara de vereadores.
Credenciamento – Um dos programas sociais de maior sucesso do Governo de Rondônia é o Prato Fácil, que atende pessoas necessitadas com refeições a R$ 2 na capital e no interior do Estado. A Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) está com o processo de credenciamento dos restaurantes aberto até às 10 horas de sexta-feira (19). Interessados devem acessar o edital de Chamamento Público nº 72/2024, no site da Superintendência Estadual de Licitações (Supel). Segundo o governador Marcos Rocha (UB), o programa já atendeu mais de 2 milhões de pessoas com o Prato Fácil, está previsto em lei, “então a oferta de refeições saudáveis e nutritivas a baixo custo será mantida, independente do gestor”.
Credenciamento II – O programa teve início em maio de 2021 e já atendeu mais de 2,7 milhões de pessoas em Porto Velho, Cacoal, Ariquemes, Guajará-Mirim, Ji-Paraná e Vilhena e atende pessoas em condições de vulnerabilidade inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda per capita inferior a meio salário mínimo. São muitas as famílias da capital e do interior que garantem alimentação digna, graças ao programa do Governo do Estado, que garante refeições nutritivas, sejam servidas nos restaurantes ou opção pelo marmitex. O complemento do pagamento aos restaurantes é feito pelo Estado, através da Seas, que tem a 1ª dama Luana Rocha com titular.
Respigo
Clima político em Ji-Paraná é de expectativa, após o retorno, pela segunda vez de o prefeito Isaú Fonseca (UB), à prefeitura pela segunda vez. Ele tinha sido afastado em julho e retornado em dezembro de 2023. Na segunda quinzena de março foi novamente afastado devido a indícios de irregularidades praticadas por ele e assessores no comando do município e, na última semana retornou ao cargo por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF) +++ Nos bastidores a política de Ji-Paraná as conversas giram em torno das eleições municipais (prefeito, vice e vereador) de outubro próximo. E poucos acreditam que Isaú não conseguirá um novo mandato +++ Em Cacoal o prefeito Adailton Fúria (PSD), por enquanto, caminha com tranquilidade na sua caminhada rumo a pré-candidatura a mais um mandato. Por enquanto não se tem adversários, que se declaram em condições de disputar a sucessão municipal.