Secretário de Bolsonaro diz que não pode ajudar a evitar fechamento da fábrica em São Bernardo: “decisão privada”

7 de março de 2019 374

FOTO (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 

Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, o economista Carlos da Costa, disse que a missão do governo é requalificar os trabalhados que devem ser dispensados pela Ford que anunciou que fechará sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo (SP).

Confira alguns trechos da entrevista a seguir:

A Ford anunciou que vai fechar sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo. Existe algo que o governo federal possa fazer?

A decisão de fechar ou abrir fábricas é privada. Precisamos entender com profundidade qual é o fenômeno que está em curso.

Está ocorrendo uma transição tecnológica ou o enfraquecimento de uma empresa, que não quer mais produzir determinado produto? Neste caso, o governo tem de requalificar as pessoas, para que se dirijam a setores que estão crescendo. 

(…)

Alguns especialistas dizem que o setor automotivo está em crise e não apenas uma empresa.

O Brasil está em crise. Quando um país está em crise, algumas indústrias são mais afetadas. A indústria automobilística é uma das que mais sofrem, porque as pessoas postergam a decisão de trocar de carro.

No nosso diagnóstico, o maior problema da indústria automobilística hoje é a crise econômica. Além disso, no mercado de ônibus e caminhões, os programas que foram implementados no governo do PT criaram uma situação artificial e estamos pagando o preço até agora.

E a frase que o sr. disse à chefia da GM “se precisar fechar, fecha”quando eles expuseram os problemas da fábricas da empresa. Em que contexto ela foi dita?

Não comento declarações que dou a portas fechadas. E não gostaria que ninguém da minha equipe comentasse.

Agora se alguém da GM passou isso para a imprensa, lamento. A nossa prática é manter as conversas restritas, porque tem muitas políticas públicas em que existe um contexto da conversa.

(…)